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segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

JOKER




Com seus cabelos verdes, sua pele totalmente branca, sua roupa roxa no corpo esquálido, seus lábios rubros e sorriso eterno rasgado na cara magra e sinistra, o Coringa (Joker) é provavelmente o mais famoso supervilão das histórias em quadrinhos, popularidade rara para um antagonista. Nêmesis de Batman, ele é a insanidade, o sarcasmo e o caos personificados.

O Coringa foi criado em 1940 para a editora norte-americana DC Comics por Jerry Robinson e Bill Finger (assistentes de Bob Kane, o criador de Batman), que se inspiraram na figura do ator alemão Conrad Veidt no filme “O Homem Que Ri” de Paul Leni, baseado num romance de Victor Hugo. Gwynplaine, o personagem original, foi mutilado num esgar eterno e estranhamente sorridente no rosto, causando repulsa à todos em sua volta. O vilão dos quadrinhos apareceu pela primeira vez na revista Batman #1, onde ele era um ladrão de joalherias que matava as pessoas presentes no local do assalto. Ali ele já usava a carta de baralho do coringa como cartão de visitas e seu mortal gás do riso, duas de suas marcas registradas. A partir daí ele sempre faz uso de brinquedos mortais em seus crimes, como uma luva de choque, uma flor que jorra ácido, charutos explosivos com nitroglicerina e outras armas incomuns.

Em pouco tempo o Coringa se tornou o mais popular vilão de Gotham City. Porém sua origem permaneceu um mistério até 1951. Na revista Detective Comics #168 ele revela que antes de ser o Príncipe Palhaço do Crime ele era um químico que decidiu roubar uma fábrica de cartas de baralho e para isso inventou a identidade secreta do Capuz Vermelho. Na fuga, mergulhou no rio onde os detritos químicos da fábrica eram despejados e assim adquiriu a aparência que conhecemos. Mesmo assim essa origem foi questionada várias vezes por ser contada por um louco psicopata, por isso não confiável. Também continuamos sem conhecer o nome e a vida pregressa do Coringa.

Durante a Era de Ouro e a Era de Prata das histórias em quadrinhos o personagem sempre foi retratado como um bufão apatetado e ridículo, porém da década de 70 para cá os autores da DC o tem mostrado como um violento psicopata, um serial killer perigosíssimo, extremamente inteligente e com um humor fatal – para suas inúmeras vítimas. Assim, o Coringa foi responsável por algumas tragédias pessoais na vida do Homem-Morcego, como a morte dos pais de Bruce Wayne no filme de Tim Burton (1989), o assassinato à sangue frio de Jason Todd, o segundo Robin, na minissérie “Uma Morte em Família”, e por balear Barbara Gordon – a Batgirl original -, fato que a deixou paralítica.

No universo das histórias em quadrinhos o Coringa ganhou um título próprio no começo dos anos 70, além de ter grande destaque nas histórias de Batman dessa época – onde se destacam “A Vingança em Cinco Partes” de Denny O’Neil e Neal Adams e “Os Peixes Risonhos” de Steve Englehart e Marshall Rogers. Nos anos 80 participou do divisor de águas “O Cavaleiro das Trevas” de Frank Miller, teve sua origem recontada por Alan Moore e Brian Bolland na graphic novel “A Piada Mortal”, teve destaque na minissérie “Uma Morte em Família” de Jim Starlin e Jim Aparo, e foi o astro principal da graphic novel “Asilo Arkham” de Grant Morrison e Dave McKean. Nos anos 90 foi levado com seu arqui-inimigo para a televisão novamente, só que desta vez em desenho animado, ganhando a talentosa voz de Mark Hamill. Além disso participou de algumas novas graphic novels e minisséries do Morcegão.

Cesar Romero interpretou o Coringa no famoso seriado de TV “Batman”, com Adam West como o herói-título, e no longa-metragem de cinema derivado da série, em 1966. Jack Nicholson viveu o Coringa no cinema no segundo filme do Batman, em 1989. O ator Heath Ledger o interpretará na seqüência de "Batman Begins" (2005), intitulado “The Dark Knight”, a ser lançado em 2008.

terça-feira, 13 de junho de 2006

BATMAN - O MELHOR FILME


O filme da vez agora é "X-Men - O Confronto Final". Mas falando em super-heróis clássicos dos quadrinhos para o cinema, recentemente, após terminar minha busca adiada tantas vezes e adquirir um DVD que estava atrás desde a época do VHS, cheguei a uma conclusão definitiva.

Sem querer ser arrogante de forma alguma, gostaria de mostrar minhas credenciais no assunto. Minha monografia de final de faculdade se chamou "HQTV - A Línguagem dos Vídeo-Gibis", onde eu analisava a transposição de linguagem de uma mídia para outra usando quatro seriados de TV baseados ou inspirados em personagens ou na gramática dos quadrinhos: o "Batman" dos anos 60, "The Flash", "Tales From the Crypt" e o segundo ano do nosso "TV Pirata", quando Laerte, Glauco e Angeli fizeram parte da equipe de roteiristas.

"Batman" (1989) de Tim Burton foi o filme que mais esperei pra ver na vida (sim, por menos tempo mas com muito mais ansiedade do que "Star Wars - Episódio 1: A Ameaça Fantasma"). Escrevi várias matérias na CINEMIN sobre o filme, inclusive - muy orgulhosamente! - uma de três páginas feita quatro meses ANTES DAS FILMAGENS COMEÇAREM EM PINEWOOD, e já garantindo que Jack Nicholson seria o Coringa, semanas antes dele confirmar o fato.

Fui na avant-premiére no Roxy (quando era uma sala só) e surtei com o filme. Depois vi que apesar da trilha sonora, da cenografia, da direção de arte, da voz e das gargalhadas de Jack Nicholson, do clima soturno e perfeito, o roteiro não era aquela Brastemp toda, o que tornou o filme de certa forma uma decepção.

Depois veio "Batman Returns", e o mesmo Tim Burton - o excepcional artesão, sempre preocupado com a direção de arte, o visual e o clima de seus filmes, apesar de um diretor mediano - nos trouxe a alquimia perfeita entre Mulher-Gato (maldita gravidez da prometida Anette Benning, apesar de muito bem substituída pela sempre bela Michelle Pfeiffer) e Pinguim (um macabro Danny De Vito nos presenteou com a versão definitiva do homem-pássaro!). O morcego, a gata e o pinguim - e um vilão sensacional vivido por Christopher Walken! - deram um espetáculo à altura dos personagens, porém o roteiro continuava frágil.

Com a partida de Tim Burton do controle da batcaverna, o Homem-Morcego ganhou duas farsas patéticas de deixar Adam West e Burt Ward envergonhados. Os dois filmes eram TÃO RUINS que fizeram com que os dois primeiros fossem elevados à categoria de filmes excelentes, apesar de numa análise fria não o serem (mesmo bem feitos e empolgantes).

Ano passado chegou a inovadora roupagem do personagem, com "Batman Begins". O treinamento com Rã's al Ghul, um batmóvel crível, o talentoso Gary Oldman encarnando o Comissário Gordon definitivo, um elenco de primeira, ótimos vilões, uma história bem escrita e bem dirigida. E todo esse pacote - na verdade um excelente filme SOBRE BRUCE WAYNE (e não sobre Batman!) - nos fez crer que estávamos diante do melhor de todos os filmes já feitos sobre o bom e velho Morcegão. Porém estávamos enganados.

E não falo de "Batman: Dead End", um curta que peita muito longa-metragem pela qualidade técnica e narrativa! Este é um asterisco digno de nota na carreira do Homem-Morcego, sem dúvida alguma, mas me refiro a outro filme.

O mais bem escrito, com a melhor trama, mais surpreendente, enfim, O MELHOR FILME SOBRE BATMAN - disparaaaaaaado!!! - é a animação de 76 minutos "BATMAN: A MÁSCARA DO FANTASMA" (1993), derivado da série animada de Batman criada do início dos anos 90 pelo animador Bruce Timm. O Batman dos quadrinhos dos anos 80 e 90 está ali. O Fantasma nos remete diretamente às histórias em quadrinhos "Batman: Ano 2" e "Batman: Full Circle". O treinamento inicial de Bruce Wayne e a escolha de como assustar os criminosos vem direto de "Batman: Ano Um" de Frank Miller. O filme fala das raízes do personagem de Bruce Wayne e como ele teve que escolher entre combater o crime e ficar com o amor de sua vida. A "origem secreta" do Coringa - o vilão mais perfeito do universo de Batman - está lá, numa variação verossímil e extraordinária que se mantém entre a do primeiro filme de Burton e à da graphic novel "A Piada Mortal" de Alan Moore e Brian Bolland. Sem falar que Mark Hammill deixa os fãs de "Guerra nas Estrelas" boquiabertos ao dar voz ao "Príncipe Palhaço do Crime" de uma forma insana e inesquecível! TODOS OS ELEMENTOS que se esperam de um bom filme de Batman estão lá: vilões sinistros, matanças de gângsters (das HQs dos anos 30 e 40), explosões, políticos mesquinhos, o sempre fiel e irônico Alfred, o falso-blasé Bruce Wayne, o "Cavaleiro das Trevas" de Frank Miller, o Batman-detetive das brilhantes histórias de Danny O'Neal e Neal Adams dos anos 70, origens-chave de personagens icônicos do universo Bob-Kaniano, uma narrativa fluida e bem amarrada, uma trilha sonora sinfônica surpreendente (e que ainda inclui um coral!) de Shirley Walker, a sucessora de Danny Elfman.

Enfim, se os fãs do Homem-Morcego analisarem bem todos os filmes já feitos com o personagem de Bob Kane de 1989 até hoje, podem enxergar claramente que o "Batman Begins" que vimos ano passado no cinema pode ser um filme excelente - e é. Mas é um ótimo filme sobre Bruce Wayne. Para quem quer BATMAN, o eleito é - com muitas asas de vantagem - o filme de animação "BATMAN: A MÁSCARA DO FANTASMA", de Bruce Timm.

Quem não viu, ASSISTA! Quem já viu, REVEJA! VALE CADA SEGUNDO!!!!!

Bat-abraços a todos,
Oz,
fã de Batman desde pequenininho.


domingo, 11 de junho de 2006

THE JOKER IS WILD!

Enquanto os fãs de cinema & histórias em quadrinhos se dividem entre venerar e tripudiar "X-Men - O Confronto Final" de Brett Ratner, ou em esperar com ansiedade pelo novo "Superman" de Bryan Singer, hoje eu descobri esta imagem abaixo e fiquei paralisado e de olhos esbugalhados.


Não sei se é oficial, mas na parte inferior se lê "Summer 2008" e parece uma propaganda oficial da Warner Bros., um teaser-poster da continuação de "Batman Begins" (2005) de Christopher Nolan, a estrear no ano que vem.



Os atores mais cogitados para encarnar THE JOKER / O CORINGA, o maior vilão das histórias em quadrinhos - tanto pela produtora Warner quanto pelos fãs - são Paul Bettany (o Silas de "Código Da Vinci"), Adrien Brody ("O Pianista" de Polanski e "A Vila" de Shyamalan) e Crispin Glover (o personagem-título de "Willard" e George McFly - o pai de Marty - em "De Volta Para o Futuro"). Na minha opinião qualquer um dos três faria um excelente trabalho na pele do mais insano dos vilões dos quadrinhos! 


Creio que nenhum dos atores citados é a figura da foto (até porque ainda não existe ninguém definido para o papel), que parece ser apenas uma boa retocada de computador na clássica foto do clássico ator alemão Conrad Veidt como Gwynplaine em "O Homem Que Ri" (1928), personagem do romance de Victor Hugo que deu inspiração a Jerry Robinson para criar o "príncipe palhaço do crime", arqui-inimigo de Batman.


A trama básica do novo filme, divulgada no imdb.com, é Batman, o comissário James Gordon e o promotor Harvey Dent (que em breve tornar-se-á o grande vilão Duas-Caras) em confronto contra o Coringa. Muito provavelmente Christian Bale (Batman/Bruce Wayne), Gary Oldman (Jim Gordon), Michael Caine (Alfred Pennyworth) e Morgan Freeman (Lucius Fox) devem retornar a seus personagens originais.


Porém, depois desse poster há muito o que se pensar - e a se temer, a se alegrar e a se aguardar com ansiedade - quanto ao Coringa e ao próximo filme de Christopher Nolan.


Aliás, fiquem atentos, pois muito em breve estarei montando um álbum de fotos especial aqui no Multiply exclusivamente do CORINGA, meu personagem favorito da Oitava Arte.