Em 1990 a então pequena editora Dark Horse Comics bateu as gigantes Marvel e DC Comics em vendagem de revistas em quadrinhos com a primeira minissérie original “Aliens vs. Predador”, de Randy Stradley e Phill Norwood. Com isso o cavalo negro conseguiu um lugar ao sol no disputadíssimo mercado das HQs. Assim em 1990 eles fizeram um acordo com a LucasFilm para lançar quadrinhos das duas maiores franquias da produtora de George Lucas: Guerra nas Estrelas e Indiana Jones.
Em março de 1991 era lançada a minissérie
“Indiana Jones and the Fate of Atlantis”, escrita por William Messner-Loebs, desenhada pelo veterano Dan Barry e com capas do festejado Dave Dorman, baseada no bem-sucedido
game homônimo da LucasArts. O sucesso da revista fez a máquina da Dark Horse começar a girar e várias minisséries de Indiana Jones começaram a surgir nas bancas e lojas especializadas em quadrinhos com regularidade.
Em seguida veio uma minissérie em 12 partes adaptando alguns episódios da primeira temporada do seriado
“Young Indiana Jones Chronicles” (“O Jovem Indiana Jones”), com roteiro e arte de Dan Barry. O traço do velho ilustrador dos quadrinhos de Flash Gordon se ajustava perfeitamente ao espírito dos antigos seriados de aventuras dos anos 30 e 40 nos quais Indiana Jones foi inspirado, e assim ele deu continuidade às minisséries com
“Indiana Jones and the Thunder in the Orient”, história em seis partes cuja qualidade não devia nada aos filmes de Spielberg, Lucas e Harrison Ford e beirava a perfeição narrativa.
Seguiram-se as minisséries
“The Shrine of Sea Devil”,
“The Arms of Gold”,
“The Golden Fleece”,
“The Iron Phoenix”,
“The Spear of Destiny” e “The Sargasso Pirates”, todas com histórias originais. A qualidade dos roteiros e das artes era muito inconstante, porém a qualidade das capas era altíssima, com trabalhos de Dave Dorman, Hugh Fleming, Dan Barry, Russell Walks e Alex Ross.
Pela primeira vez nos quadrinhos as histórias de Indiana Jones seguiram a cronologia imposta pela LucasFilm e junto com os filmes, a série de TV, os livros e os games, formavam um grande mosaico biográfico do personagem de ouro da dupla Lucas-Spielberg. Apesar de nem sempre contar com bons roteiros nos quadrinhos, o professor e arqueólogo Henry Jones Jr. começava a ter sua história de vida mapeada através de todas as mídias.
Em 2008, com o lançamento do quarto filme,
“Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull”, a Dark Horse Comics está relançando todas as minisséries em quadrinhos de Indiana Jones em dois volumes, batizados de
“Indiana Jones Omnibus”, volumes 1 e 2.
Quem pensava que só existiam os três longas-metragem de Spielberg-Lucas-Ford, à partir do início dos anos 90 podia vislumbrar dezenas de histórias originais de Indiana Jones, em minisséries em quadrinhos, livros, um seriado de TV e
games de computador.
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- “Indiana Jones and the Fate of Atlantis” (em 4 partes, 1991), de William Messner-Loebs e Dan Darry
- “Young Indiana Jones Chronicles” (em 12 partes, 1992/93), de Dan Barry
- “Indiana Jones and the Thunder in the Orient” (em 6 partes, 1993/94), de Dan Barry, Dan Spiegle
- “Indiana Jones and the Shrine of Sea Devil” (em 1 parte, 1994), de Gary Gianni
- “Indiana Jones and the Arms of Gold” (em 4 partes, 1994), de Lee Marrs e Leo Duranona
- “Indiana Jones and the Golden Fleece” (em 2 partes, 1994), de Pat McGreal & Dave Rawson, Ken Hooper
- “Indiana Jones and the Iron Phoenix” (em 4 partes, 1994/95), de Lee Marrs e Leo Duranona
- “Indiana Jones and the Spear of Destiny” (em 4 partes, 1995), de Elaine Lee, Will Simpson & Dan Spiegle
- “Indiana Jones and the Sargasso Pirates” (em 4 partes, 1995/96), de Karl Kesel, Paul Guinan, Eduardo Barreto
