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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

MORRE DENNIS WEAVER


O ator Dennis Weaver, mais famoso como o motorista do carro perseguido por um sombrio caminhão-tanque em "Encurralado", o telefilme que projetou Steven Spielberg para o sucesso, morreu aos 81 anos de câncer na última sexta-feira.


Com uma longa carreira em teatro, cinema e televisão, Dennis Weaver começou na TV em 1955 num pequeno papel, na série "Gunsmoke". Nos anos seguintes trabalhou em vários telefilmes, seriados e filmes de cinema, onde se destacam um episódio da série clássica "Além da Imaginação" de Rod Serling ("Shadowplay", foto 1) e o longa-metragem "A Marca da Maldade" de Orson Welles, onde Weaver faz o histérico zelador do motel. Em 1970 foi chamado a protagonizar o seriado policial "McCloud" (foto 2), onde fazia um detetive caipira do Novo México atuando no Departamento de Polícia de Nova Iorque. A série durou até 1977 e rendeu a Dennis Weaver duas indicações ao prêmio Emmy.


Em 1971 Dennis Weaver foi chamado pelo jovem diretor Steven Spielberg para viver David Mann - um motorista comum que é implacavelmente perseguido por um imenso caminhão-tanque, que deseja matá-lo - em "Encurralado" (foto 3), o "Filme da Semana" produzido pela rede de televisão ABC, com roteiro de Richard Matheson, baseado em seu próprio conto. O filme foi um sucesso estrondoso e foi reeditado e lançado nos cinemas de todo o mundo no ano seguinte. Foi o último telefilme de Spielberg, que depois dessa vitória partiu de vez para o cinema.


Dennis Weaver continuou a trabalhar no cinema e na TV, foi presidente do Screen Actors Guild entre 1973 e 1975, e um ambientalista bastante ativo, tendo defendido causas ecológicas tanto na ONU como no Congresso americano. Weaver e sua esposa Gerry viviam no Colorado numa casa montada com material reciclado. O ator deixou dois filhos, os também atores Robby Weaver e Rick Weaver.


Descanse em paz, Dennis. Você merece. Você conseguiu vencer o maldito caminhão.


 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

TRINTA ANOS ESTA NOITE


Ontem fiz a sessão particular tão aguardada (por mim mesmo, hehe!) de 30 anos do meu filme preferido, "Tubarão", de Steven Spielberg.


Não sei ao certo em que dia, mas entre 25 e 27 de dezembro de 1975 eu tinha 10 anos e meio de idade e estava em Belém do Pará passando o Natal com a família quando, no dia de voltar pro Rio, eu resolvi arriscar e fui ao cinema Palácio (que infelizmente virou Igreja Universal), perto da Pça. da República, assistir ao grande fenômeno cinematográfico da época, "Tubarão". O filme era proibido para menores de 14 anos e eu com apenas 10 morria de medo de ser barrado na porta. Só que como em Belém a maioria das pessoas é baixinha, e eu tinha um primo de 14 anos que era mais baixo que eu com 10, fui determinado a entrar.


Acompanhado de duas primas mais velhas (aquelas primas com quem a gente passa a adolescência tendo sonhos eróticos), eu cruzei a roleta sem problemas, comprei uma Fanta Limão e experimentei pela primeira vez (pelo que me lembro) uma barra de Chokito no saguão do Cine Palácio. E no final da tarde assistimos ao filme que fez o mundo inteiro evitar as praias do planeta por dois verões seguidos.


Depois de esbugalhar os olhos a cada 10 minutos e de esconder minha cabeça na gola da camisa quando Quint (Robert Shaw) foi devorado pelo tubarão branco, saí do cinema completamente fascinado pelo filme e apaixonado pelos Carcharodon carcharias, com a convicção que iria me tornar um ictiólogo para estudar o comportamento desses magníficos peixes.


Na mesma noite voltei pro Rio de ônibus (três dias e meio de viagem) lendo o livro de Peter Benchley no qual o filme se baseou, em versão pocket, e a última edição da Seleções de Reader's Digest, especial sobre o filme, comprados na rodoviária de Belém.


Nunca um filme me marcou tanto na vida quanto "Tubarão". E ontem voltei 30 anos no tempo. Que bom ter 10 anos de idade novamente!