Mostrando postagens com marcador robertwise. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador robertwise. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

A TERRA PAROU. ROBERT WISE MORREU


 


Robert Wise (1914-2005) foi o cineasta mais eclético da História do cinema norte-americano. Fez obras em quase todos os gêneros, e deixou sua marca de grande autor em quase tudo o que dirigiu.


Fez três obras-primas do terror psicológico que são verdadeiras aulas do gênero: "Maldição do Sangue de Pantera" ("Curse of the Cat People", 1943), "O Túmulo Vazio" ("The Body Snatcher", 1945) e o assustador "Desafio ao Além" ("The Haunting", 1963, refilmado de forma porca recentemente).


Na ficção científica deixou sua marca no clássico "O Dia em que a Terra Parou" ("The Day the Earth Stood Still", 1951), e nos medianos "O Enigma de Andrômeda" ("The Andromeda Strain", 1971) e "Jornada nas Estrelas - o Filme" ("Star Trek - The Movie", 1978).


Talvez seus filmes mais famosos e cultuados sejam os musicais "Amor, Sublime Amor" ("West Side Story", 1961) e "A Noviça Rebelde" ("The Sound of Music", 1965).


Além disso fez filmes de guerra - "Ratos do Deserto" ("The Desert Rats", 1953) e "O Mar é Nosso Túmulo" ("Run Silent, Run Deep", 1958) - épicos - "Helena de Tróia" ("Helen of Troy", 1955) - vários dramas e romances, e até mesmo um filme catástrofe histórico, "O Dirigível Hindenburg" ("The Hindenburg", 1975).


Por tudo isso e por ter sido o montador do extraordinário "Cidadão Kane" de Orson Welles, com a morte de Robert Wise morre um pouco do grande cinema de qualidade.


KLAATU BARADA NIKTO. QUE O SOM DA MÚSICA LEVE SUA ALMA PARA UM BOM DESCANSO, BOB.


 

segunda-feira, 1 de novembro de 2004

"O DIRIGÍVEL HINDENBURG" ("The Hindenburg", 1975), de Robert Wise

Rating:★★★
Category:Movies
Genre: Mystery & Suspense


Direção: Robert Wise
Roteiro: Nelson Gidding, Richard A. Levinson, William Link, baseado no livro de Michael M. Mooney (já comentado aqui)
Produção: Robert Wise / Universal Pictures
Fotografia: Clifford Stine, Robert Surtess
Montagem: Donn Cambern
Música: David Shire
Direção de Arte: Edward C. Carfagno
Elenco: George C. Scott, Anne Bancroft, William Atherton, Roy Thinnes, Gig Young, Burgess Meredith, Charles Durning, Richard Dysart, René Auberjonois, Peter Donat, Joe Turkel

* * * * * * * * * * *

"A drink to the one I love. The Hindenburg!"
(oficial nazista à bordo do dirigível)

* * * * * * * * * * *

E falando em George C. Scott, eis aqui o filme que eu mais tenho caçado nas duas últimas décadas. Assisti numa reprise no cinema e desde então tento em vão rever essa aventura de suspense baseada em fatos reais. Como a maioria dos meus 17 leitores aqui já sabem, desde criança sou fascinado pela tragédia do dirigível Hindenburg, orgulho da Alemanha nazista e um verdadeiro prodígio dos céus.

No dia 6 de maio de 1937 o maior dirigível do mundo (pouco menor que o comprimento do transatlântico R.M.S. Titanic, outra das minhas paixões de infância, como meus 17 leitores já estão carecas de saber) explodiu sobre o campo de pouso de Lakehurst, em Nova Jersey, matando 35 pessoas à bordo e uma da equipe de terra. Nunca ficou claro se foi um acidente ou um ato de sabotagem. E como muitos aceitam essa segunda teoria (e cá entre nós, ela rende um bom clima de suspense), o filme foi baseado no livro "Zeppelin - a Verdadeira História do Desastre do 'Hindenburg'", de Michael M. Mooney, que sustenta a tese de que uma bomba destruiu o dirigível.

Robert Wise, o cineasta mais eclético do cinema americano (que praticamente já fez filmes em todos os gêneros possíveis!), dirigiu esse filme-catástrofe histórico. George C. Scott faz o coronel responsável por descobrir um possível sabotador à bordo do dirigível, William Atherton é o funcionário alemão sabotador, Anne Bancroft faz a Condessa Ursula, Charles Durning e Richard A. Dysart são os capitães do Hindenburg. A trilha sonora de David Shire foi o primeiro LP de trilha de cinema que comprei na minha vida de colecionador de trilhas. O filme ganhou dois Oscars especiais, um de efeitos sonoros (para Peter Berkos) e outro de efeitos visuais (para Albert Whitlock e Glen Robinson).

Em tempo: a tragédia do dirigível Hindenburg fez poucas vítimas em relação ao tamanho da explosão, porém entrou para a História pela delicada situação política das partes envolvidas e por ter sido a primeira grande catástrofe a ser registrada em filme e transmitida ao vivo por rádio. A expressão "Oh, the Humanity!", que se tornou famosa surgiu aí, da boca do radialista Herbert Morrison, que narrou todo o desastre.

A quem tiver mais interesse sobre o assunto, tenho um álbum com 46 fotos do Hindenburg neste mesmo site. Dê uma olhada e deixe um comentário.