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segunda-feira, 1 de novembro de 2004

"O DIRIGÍVEL HINDENBURG" ("The Hindenburg", 1975), de Robert Wise

Rating:★★★
Category:Movies
Genre: Mystery & Suspense


Direção: Robert Wise
Roteiro: Nelson Gidding, Richard A. Levinson, William Link, baseado no livro de Michael M. Mooney (já comentado aqui)
Produção: Robert Wise / Universal Pictures
Fotografia: Clifford Stine, Robert Surtess
Montagem: Donn Cambern
Música: David Shire
Direção de Arte: Edward C. Carfagno
Elenco: George C. Scott, Anne Bancroft, William Atherton, Roy Thinnes, Gig Young, Burgess Meredith, Charles Durning, Richard Dysart, René Auberjonois, Peter Donat, Joe Turkel

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"A drink to the one I love. The Hindenburg!"
(oficial nazista à bordo do dirigível)

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E falando em George C. Scott, eis aqui o filme que eu mais tenho caçado nas duas últimas décadas. Assisti numa reprise no cinema e desde então tento em vão rever essa aventura de suspense baseada em fatos reais. Como a maioria dos meus 17 leitores aqui já sabem, desde criança sou fascinado pela tragédia do dirigível Hindenburg, orgulho da Alemanha nazista e um verdadeiro prodígio dos céus.

No dia 6 de maio de 1937 o maior dirigível do mundo (pouco menor que o comprimento do transatlântico R.M.S. Titanic, outra das minhas paixões de infância, como meus 17 leitores já estão carecas de saber) explodiu sobre o campo de pouso de Lakehurst, em Nova Jersey, matando 35 pessoas à bordo e uma da equipe de terra. Nunca ficou claro se foi um acidente ou um ato de sabotagem. E como muitos aceitam essa segunda teoria (e cá entre nós, ela rende um bom clima de suspense), o filme foi baseado no livro "Zeppelin - a Verdadeira História do Desastre do 'Hindenburg'", de Michael M. Mooney, que sustenta a tese de que uma bomba destruiu o dirigível.

Robert Wise, o cineasta mais eclético do cinema americano (que praticamente já fez filmes em todos os gêneros possíveis!), dirigiu esse filme-catástrofe histórico. George C. Scott faz o coronel responsável por descobrir um possível sabotador à bordo do dirigível, William Atherton é o funcionário alemão sabotador, Anne Bancroft faz a Condessa Ursula, Charles Durning e Richard A. Dysart são os capitães do Hindenburg. A trilha sonora de David Shire foi o primeiro LP de trilha de cinema que comprei na minha vida de colecionador de trilhas. O filme ganhou dois Oscars especiais, um de efeitos sonoros (para Peter Berkos) e outro de efeitos visuais (para Albert Whitlock e Glen Robinson).

Em tempo: a tragédia do dirigível Hindenburg fez poucas vítimas em relação ao tamanho da explosão, porém entrou para a História pela delicada situação política das partes envolvidas e por ter sido a primeira grande catástrofe a ser registrada em filme e transmitida ao vivo por rádio. A expressão "Oh, the Humanity!", que se tornou famosa surgiu aí, da boca do radialista Herbert Morrison, que narrou todo o desastre.

A quem tiver mais interesse sobre o assunto, tenho um álbum com 46 fotos do Hindenburg neste mesmo site. Dê uma olhada e deixe um comentário.

sábado, 30 de outubro de 2004

"DOUTOR FANTÁSTICO" ("Dr. Strangelove, or How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb", 1964), de Stanley Kubrick

Rating:★★★★★
Category:Movies
Genre: Comedy


Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Terry Southern, Stanley Kubrick, baseado no livro de Peter George
Produção: Stanley Kubrick / Columbia Pictures
Fotografia: Gilbert Taylor
Montagem: Anthony Harvey
Música: Laurie Johnson
Direção de Arte: Peter Murton, Ken Adam
Elenco: Peter Sellers, George C. Scott, Sterling Hayden, Slim Pickens, Keenan Wynn, Peter Bull, James Earl Jones, Tracy Reed


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"Fluorização da água é o plano comunista mais monstruoso e perigoso que já tivemos que encarar!"
(General Jack D. Ripper)

...

"Senhores, não podem brigar aqui! Isto é a Sala de Guerra!"
(Presidente Merkin Muffley)


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E o brilhante Peter Sellers – assustadoramente convincente como um chinês em “Assassinato por Morte” – me leva a esse clássico do humor negro da era atômica, do mestre Stanley Kubrick. Se você quer saber como seria se o mundo não tivesse passado da Guerra Fria, “Dr. Fantástico” é O filme.

Por acreditar que os comunistas são responsáveis pela fluorização da água (que na cabeça dele é algo terrível!), o General Jack D. Ripper (Sterling Hayden) ordena um ataque nuclear em massa de B-52s sobre a União Soviética. Apavorado, seu assessor direto, o Capitão Mandrake, tenta conseguir os códigos para abortar a missão. Enquanto isso, na sala de guerra do Pentágono, o presidente americano Muffley está reunido com o embaixador russo (Peter Bull), o aloprado General `Buck` Turgidson (George C. Scott) e o brilhante – e bizarro – cientista alemão Dr. Fantástico, tentando achar uma saída para a guerra nuclear iminente. Por fim, todos os B-52 são abortados, menos um. A bordo, o Major T. J. `King` Kong (Slim Pickens) e o Tenente Lothar Zogg (James Earl Jones, a voz de Darth Vader em sua estréia no cinema) estão determinados a bombardear o inimigo...

O genial Peter Sellers vive três papéis – o presidente Merkin Muffley, o Capitão Mandrake e o Dr. Fantástico – e só não fez o Major `King` Kong por motivos de saúde. Isso deu a chance a Slim Pickens de protagonizar uma das cenas mais famosas e devastadoras da História do cinema: o Major `King` Kong "cavalgando" uma bomba-H e agitando o seu chapéu de cowboy. Canção da cena final, enquanto o mundo acaba: "We`ll meet again", de Clarke Ross Parker e Hugh Charles, seguindo o estilo de Kubrick, de terminar seus filmes de forma impactante sempre ao som de uma canção suave.

Uma curiosidade: o filme terminaria com uma gigantesca guerra de tortas na Sala de Guerra. Apesar da cena ter sido filmada (existem algumas fotos de Peter Sellers e George C. Scott cobertos de creme), Kubrick decidiu abortar esse final.