sexta-feira, 3 de setembro de 2004

"TUBARÃO" ("Jaws", 1975), de Steven Spielberg

Rating:★★★★★
Category:Movies
Genre: Action & Adventure
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Peter Benchley e Carl Gottlieb, baseado no livro de Peter Benchley
Produção: Richard Zanuck & David Brown / Universal
Fotografia: Bill Butler
Montagem: Verna Fields
Música: John Williams
Direção de Arte: Joe Alves
Elenco: Roy Scheider, Robert Shaw, Richard Dreyfuss, Lorraine Gary, Murray Hamilton, Jeffrey Kramer, Carl Gottlieb

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"We`re gonna need a bigger boat!"
(Chefe de polícia Martin Brody para o pescador Quint)

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O filme que inaugurou a era dos blockbusters no cinema norte-americano, o primeiro a ultrapassar a marca de 100 milhões de dólares nas bilheterias, "Tubarão" ganhou os Oscars de Melhor Trilha Sonora (para John Williams), Melhor Montagem (para Verna Fields) e Melhor Som (para John R. Carter e Robert Hoyt). Com roteiro de Carl Gottlieb e Peter Benchley, baseado no seu best-seller, "Tubarão" deveria ter sido filmado em 10 semanas: levou 23; o orçamento inicial era de 4 milhões de dólares: custou 9. Foi filmado em Martha`s Vineyard, a maior ilha da Nova Inglaterra e, durante as filmagens todo o elenco tinha folga constantemente. Só Spielberg ficava. "Eu tinha a impressão de que se saísse, nunca mais voltaria", dizia ele. O tubarão mecânico Bruce (que na verdade eram três, criados por Bob Mattey, e que foi batizado com o mesmo nome do advogado do diretor) vivia dando problemas e por isso Spielberg decidiu fazer as primeiras cenas sem que o bicho aparecesse. Isso só fez com que o suspense e o mistério do filme crescesse terrivelmente. Um grande problema que se tornou uma solução perfeita.

A história, inspirada por um caso verídico de ataques de tubarão em série em 1916 (conhecido como "o tubarão maluco de Nova Jérsey"), mistura Ibsen ("O Inimigo do Povo") e Melville ("Moby Dick"). Com os problemas técnicos da produção, o elenco pode se dedicar melhor a desenvolver seus personagens, tornando-os bastante críveis e carismáticos. O monólogo de Quint sobre a história do USS Indianápolis por exemplo foi reescrita três vezes, sendo que a última vez pelo seu intérprete (e também dramaturgo) Robert Shaw.

Lembro bem que as praias do mundo inteiro ficaram vazias nos verões de 1975 e 1976 e as notas graves e inspiradas de John Williams vinham à tona toda vez que alguém se aproximava da água...

"Tubarão" é meu filme favorito, visto no cinema na estréia, com 10 anos de idade, em dezembro de 1975, no saudoso cine Palácio (hoje igreja universal), no centro de Belém do Pará. Entre duas primas maravilhosas, comendo Chokito pela primeira vez na vida e bebendo Fanta Limão. E de olhos arregalados o tempo todo. No mesmo dia voltei para o Rio de ônibus, e nos três dias e meio de viagem devorei o livro de Peter Benchley. Passei a ter duas certezas na vida. Além da morte, eu seria biólogo marinho para estudar o comportamento dos tubarões brancos. Com 18 anos, fiz vestibular para cinema, naturalmente.

Não o considero o melhor filme do mundo, é claro, mas é de longe o meu filme mais querido e pelo qual eu tenho muito carinho e empolgação. Sem dúvida "Tubarão" é o filme que mais marcou a minha vida. A história de como consegui a trilha em 1979 é um "causo" parte.

3 comentários:

  1. faz-se a pergunta

    ser� q o sonho de George Constanza em ser um bi�logo marinho tb nasceu de uma exibi��o de Tubar�o?

    rs

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  2. N�o sei, Andr�. Talvez. S� sei que Matt Hooper sempre foi um modelo de vida pra mim. E quando eu emagrecer de novo, com esta barba e este �culos vou estar A CARA DELE!!! Hehehe! ;-)

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  3. E agora visto pela sexta vez na tela grande de um cinema, com direito a Chokito de novo, hehehe!

    É incrível como o filme não envelheceu. Os figurinos, cenários e maneirismos continuam datados dos anos 70, isso não dá pra mudar. Mas a narrativa, o carisma dos personagens e tudo o que o faz ser um grande filme continua com o verniz intacto. Diga-se de passagem bem superior aos últimos filmes de Spielberg.

    Saudades do velho Steven das décadas de 70 e 80!!!...

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