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O Brasil está mais triste.
Severino Dias de Oliveira, mais conhecido como
Sivuca, morreu anteontem aos 76 anos. Compositor, arranjador, maestro e principalmente sanfoneiro (detestava ser chamado de acordeonista), Sivuca nasceu em Itabaiana, no interior da Paraíba, e na década de 50 começou a gravar seus primeiros discos. Não tardou para que seus frevos, choros e forrós se fizessem ouvir pelos quatro cantos do mundo. Morou em Recife, Lisboa, Paris, Rio de Janeiro e Nova Iorque, onde fez o arranjo do grande sucesso de Miriam Makeba, "Pata Pata". Casado com a também compositora Glorinha Gadelha, Sivuca deixa um vasto legado poético-musical, onde se destaca o forró
"Feira de Mangaio", que teve em Clara Nunes sua intérprete perfeita.
Quando criança, minha mãe estudou no mesmo colégio que Sivuca em Itabaiana, e cresceu ouvindo sua sanfona. Esse clipe é uma homenagem não só ao maior de todos os sanfoneiros que esse mundo já viu, mas também à minha querida mãe, que certamente está mais feliz de ouvir a sanfona de Sivuca no paraíso.
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FEIRA DE MANGAIO
(Letra: Glorinha Gadelha. Música: Sivuca)Fumo de rolo, arreio de cangalha
Eu tenho tudo pra vender, quem quer comprar
Bolo de milho, broa e cocada
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Pé de moleque, alecrim, canela
Moleque sai daqui me deixa trabalhar
E Zé saiu correndo pra feira dos pássaros
E foi páss'o voando pra todo lugar
Tinha uma vendinha no canto da rua
Onde o mangaieiro ia se animar
Tomar uma bicada com lambu assado
E olhar pra Maria do Joá
Tinha uma vendinha no canto da rua
Onde o mangaiero ia se animar
Tomar uma bicada com lambu assado
E olhar pra Maria do Joá
Cabresto de cavalo e rabichola
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Farinha, rapadura e graviola
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Pavio de candeeiro, panela de barro
Menino eu vou me embora tenho que voltar
Xaxar o meu roçado que nem boi de carro
Alpargata de arrasto não quer me levar
Porque tem um sanfoneiro no canto da rua
Fazendo floreio pra gente dançar
Tem o Zefa de Purcina fazendo renda
E o ronco do fole sem parar
Mas é que tem um sanfoneiro no canto da rua
Fazendo floreio pra gente dançar
Tem o Zefa de Purcina fazendo renda
E o ronco do fole sem parar
Fumo de rolo, arreio de cangalha
Eu tenho tudo pra vender, quem quer comprar
Bolo de milho, broa e cocada
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Pé de moleque, alecrim, canela
Moleque sai daqui me deixa trabalhar
E Zé saiu correndo pra feira dos pássaros
E foi páss'o voando pra todo lugar
Tinha uma vendinha no canto da rua
Onde o mangaieiro ia se animar
Tomar uma bicada com lambu assado
E olhar pra Maria do Joá
Mas é que tem um sanfoneiro no canto da rua
Fazendo floreio pra gente dançar
Tem o Zefa de Purcina fazendo renda
E o ronco do fole sem parar