segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

"CRIMES E PECADOS" ("Crimes and Misdemeanors", 1989), de Woody Allen

Rating:★★★★
Category:Movies
Genre: Drama

Direção e roteiro: Woody Allen
Produção: Charles H. Joffe, Jack Rollins, Robert Greenhut, Helen Robin, Thomas A. Reilly / Orion Pictures Corporation
Fotografia: Sven Nykvist
Montagem: Susan E. Morse
Música: Franz Schubert
Direção de Arte: Speed Hopkins, Santo Loquasto
Elenco: Martin Landau, Woody Allen, Angelica Huston, Alan Alda, Mia Farrow, Claire Bloom, Sam Waterston, Joanna Gleason, Martin S. Bergmann, Victor Argo

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"É muito difícil fazer sua cabeça e seu coração trabalharem juntos. No meu caso eles não são nem amigos." (Clifford Stern)

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"A última vez em que eu estive dentro de uma mulher foi quando visitei a Estátua da Liberdade." (Clifford Stern)

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"A felicidade humana não parece fazer parte dos desígnios da criação. Somos nós, com nossa capacidade de amar, quem damos sentido a um universo indiferente. Muitos seres humanos parecem ter a capacidade de continuar tentando e mesmo de encontrar alegria em coisas simples, como a família, o trabalho e a esperança de que futuras gerações possam ser mais compreensivas." Professor Louis Levy

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Um filme atípico na carreira de Woody Allen, "Crimes e Pecados" tem pouco espaço para a comédia. Aqui ele conta duas histórias paralelas, a de um diretor de documentários fracassado e cheio de sarcasmo e inveja sobre seu cunhado superficial porém rico e bem-sucedido, e a de um oftalmologista de sucesso que se vê obrigado a cometer um assassinato para manter a família e seu modo de vida.

Pela primeira vez Allen trata a morte de uma forma séria e carregada de culpa e outras conseqüências que pesam na consciência. Martin Landau e Angelica Huston estão particularmente extraordinários e levam a dimensão moral de seus personagens aonde Woody Allen nunca nos levou em suas comédias inteligentes.

"Crimes e Pecados" pode ser um filme atípico de Woody Allen, porém é indispensável para todos os fãs do diretor e para quem gosta de cinema de qualidade.




3 comentários:

  1. Esse é um dos meus preferidos do Woody Allen, junto com "Annie Hall" e "Manhattan". Um tremendo filme, onde tudo é perfeito. O tom amargo do filme não me incomodou, e ainda achei que é um filme complexo, de várias "camadas", com importantes discussões visíveis ou mais escondidas. Todas as falas do professor Levy são grandiosas. Gosto muito também de ver o rancor do personagem do Woody Allen pelo do Alan Alda, é até um pouco injusto, é perseguição mesmo, mas tem lá a sua razão, é uma incapacidade do Woody Allen de acreditar (e gostar) de gente muito "política" como ele... poucos filmes tem uma carga emocional de rancor, arrependimento e angústia como esse aqui, sem ser um filme por demais "pesado". Filmaço.

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  2. Eu só tinha visto na época do lançamento, Marcelo, mas lembro que fiquei bastante impressionado com o tom sério do filme. Revi recentemente para o curso que dei de Woody Allen e achei um filme bastante relevante pra se conhecer a obra dele. Concordo com as tuas palavras.

    Abraços,
    Oz

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  3. ainda não vi,mas depois de ler os comentários aqui e ver que sobra sarcasmo , gostei. Aliás, a frase "A última vez em que eu estive dentro de uma mulher foi quando visitei a Estátua da Liberdade." só podia ser de um filme dele... ;-)

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