Start: | May 6, '09 7:15p |
Location: | Lakehurst, New Jersey, EUA |
Às 19:25 da noite de 6 de maio de 1937, o dirigível alemão LZ-129, o Hindenburg, explodia sobre o céu do campo de pouso de Lakehurst, em Nova Jersey, perto de Nova Iorque, EUA, no fim de sua primeira viagem do ano, após uma bem sucedida temporada de viagens entre a Europa e os Estados Unidos em 1936.
Trinta e quatro segundos depois da primeira chama surgir no alto da parte traseira do imenso leviatã cheio de hidrogênio (gás altamente inflamável), o maior veículo aéreo já construído pelo homem - poucos metros menor que o transatlântico RMS Titanic - ardia completamente em chamas no solo, matando 36 pessoas, entre passageiros, tripulantes e um homem da equipe de terra.
O desastre teve repercusão mundial por vários fatores. Foi o primeiro desastre de grandes dimensões a ser filmado e transmitido ao vivo por rádio (a transmissão do radiolista Herbert Morrison ficou famosa pela expressão "Oh, the Humanity!..."); a destruição do Hindenburg - um dos maiores símbolos de propaganda nazista - abalou o Terceiro Reich; e até hoje nunca foi esclarecido se a tragédia foi um simples acidente, efeito de eletricidade estática, vazamento de hidrogênio ou coisa parecida, ou se houve sabotagem, bomba-relógio, enfim, fruto de uma ação anti-nazista para provocar Adolf Hitler.
Além dos vôos entre a Alemanha e os Estados Unidos, o dirigível Hindenburg também fez vôos para o Brasil, com escalas em Recife e no Rio de Janeiro, no campo de pouso de Santa Cruz, onde até hoje existe um grande hangar construído para dirigíveis - o único de pé até hoje no mundo.
E assim como o RMS Titanic, o dirigível Hindenburg é outro leviatã do início do século 20 que sempre me fascinou de forma quase sobrenatural desde a minha infância, com uma identificação pessoal gigantesca. Por isso todo ano me lembro destas duas grandes tragédias.
Mais detalhes no meu álbum com 120 fotos sobre o Hindenburg, aqui: http://ozlopesjr.multiply.com/photos/album/7/7#
Você curte uma tragédia mesmo, he, he... e a narração do desastre do Hindenburg é horripilante, quem ouve não esquece mesmo.
ResponderExcluirPrefiro entender que eu sou fascinado pelos leviatãs REAIS E HISTÓRICOS. Enquanto tem muita gente que curte a Entreprise de Star Trek, a Babylon Five, a Battlestar Galactica, eu prefiro os leviatãs que existiram DE VERDADE e com quem eu tenho uma forte ligação desde os meus 8 anos de idade. ;-)
ResponderExcluirEu tenho o filme do Robert Wise, "The Hindenburg" (que obviamente estou revendo hoje, religiosamente!) e a trilha sonora do filme, que tem a narração do Herb Morrison. Quando criança sabia quase de cor. :-)P
AH! E alguns livros sobre o LZ-129.
quem ouve não esquece mesmo.
ResponderExcluirTerrível.
ResponderExcluir:)
eu sempre acompanho tuas lembranças aqui.
Esta narração de Morrison, é mesmo incrível.
:)
Não é pra menos!!!!! Ver aquele monstro de 245 metros em chamas desabando na sua frente com 97 pessoas dentro e um monte de gente gritando e correndo em volta deve ser como se sentir no próprio Inferno!!!!
ResponderExcluirÉ, Anja... e é incrível como isso me afeta... todo ano... o Hindenburg e o Titanic. Desde criança. Tanto quanto a morte dos meus pais. Eu mesmo não consigo entender isso. Duvido que Freud conseguisse explicar. Talvez Kardec.
ResponderExcluirBeijo.
A narração é marcante também porque o narrador chora, demonstra a emoção natural daquele momento, o que muitas vezes não vemos nos narradores atuais.
ResponderExcluirEle termina a narração chorando convulsivamente e pedindo desculpas ao público, dizendo que tem que parar por alguns minutos pois está presenciando a cena mais terrível que já testemunhou em toda a sua vida. Essas são quase que literalmente as palavras de Herb Morrison no final da transmissão.
ResponderExcluirimpactad@!!
ResponderExcluirÉ pra ficar mesmo, Kaffa. Eu fico assim há 35 anos.
ResponderExcluirO desastre com a narração ao vivo de Herbert Morrison:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=gcyzN1KB5JA&feature=PlayList&p=CF31E318B0F25295&playnext=1&playnext_from=PL&index=1
Olha, eu nunca tinha ouvido essa narração, nem visto o filme.... fiquei estarrecida. Deu vontade de chorar junto com o repórter. Até hoje eu só tinha visto o filme da década de 70. Nunca me passou pela cabeça que o incendio pudesse ter sido tão rápido.... algum passageiro conseguiu sobreviver????
ResponderExcluirNo filme, o cachorro se salva.... =D
ResponderExcluirPaulinha, das 97 pessoas à bordo, 35 morreram. E mais um membro da equipe de terra. 62 pessoas que estavam no Hindenburg escaparam com vida, milagrosamente. Foram apenas 34 segundos da visão da primeira chama no topo do dirigível até ele "cremar" completamente no chão.
ResponderExcluirEu lutei ANOS pra conseguir o filme do Robert Wise, que também assisti no cinema na época e que nunca foi lançado em VHS no Brasil. Faz uns 3 anos que consegui em DVD, o original americano, e desde então revejo sempre no dia 6 de maio. Neste instante estou revendo um docudrama de longa-metragem do Channel Four / Smithsonian Network que saiu pela Editora Abril em DVD, excelente, que reconstitui os fatos após o desastre, e focado na investigação e na figura inabalável e anti-nazista do Dr. Hugo Eckener, engenheiro criador do Graf Zeppelin, do Hindenburg e diretor-presidente da Companhia Zeppelin na época.
A narração do Herb Morrison encerra o LP da trilha sonora do filme (e o próprio filme do Robert Wise também). Esse disco pra mim pessoalmente é histórico: foi a primeira trilha sonora sinfônica de cinema que comprei em toda a minha vida - em 1976 - e que começou a minha coleção de trilhas de filmes, provavelmente a maior coleção que tenho, dentre todas as várias coisas que coleciono. :-)))
Se não me engano, na vida real ele também sobreviveu. ;-)
ResponderExcluirCARAAAAAAAAAAAACA! 34 segundos? Bota milagre nisso!!!
ResponderExcluirIsso sempre me marca muito. Animais e catástofes. Me lembro até hoje: quando eu vi que tinha um gato no filme Alien, o 8o passageiro, desabafei: "ah, gato não, é covardia". A galera que estava comigo no filme morreu de rir com o meu comentário espontâneo. rsrsrsrsrsrs Mas não é covardia mesmo? Eu passo a droga do filme inteiro preocupada se o bicho vai se salvar. Nem consigo prestar atenção direito na história. Sacanagem. Sempre tenho que ver o filme de novo depois.... Por isso é que eu odeio o Walt Disney. Me deixou traumatizada! =D
ResponderExcluirE depois ele ardeu por horas... a carcaça ainda tinha brasas acesas até na manhã seguinte.
ResponderExcluirE das 36 pessoas que morreram, nem todas morreram na hora. Muitas ficaram entre a vida e morte por vários dias no hospital.
Hehehe! Também compartilho esse tipo de sentimento contigo, Paulinha! ;-)
ResponderExcluirE nosso amigo Jones - o gato sósia da minha Willie Scott aqui de casa - conseguiu escapar ileso junto com a Tenente Ellen Ripley, mesmo depois de ficar cara a cara com o bicharoco medonho criado pela mente perturbada do H. R. Giger. :-)))
No Titanic tinha alguns cachorros. Mas nenhum sobreviveu. :-(
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