sexta-feira, 1 de junho de 2007

The Beatles -- A Day in the Life




Hoje a Banda-Clube dos Corações Solitários do Sargento Pimenta completa 40 anos, cheia de honras, festas, emoções, documentários, elogios, pompa e circunstância. Tudo isso é muito merecido para um álbum que foi o primeiro álbum conceitual do rock'n'roll britânico, o primeiro a vir com as letras das músicas, o primeiro a vir com encarte e capa dupla, o primeiro em muita coisa.

"Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" pode não ser o favorito de muitos beatlemaníacos, porém é uma unanimidade entre os críticos e muitos fãs da música pop. Eleito o disco mais importante do século 20 (dentre 400) pela revista americana Rolling Stone, o álbum até hoje é surpreendente, moderno, arrojado, vanguardista, inovador, eclético, absolutamente genial. E merece ser ouvido com o mesmo cuidado de uma peça de Mozart, Bach ou Beethoven.

Minha singela homenagem ao ponto de virada dos Fab Four é a lembrança do clipe de época de "A Day in the Life", última faixa (ou penúltima, como preferem os mais radicais) e minha música preferida do álbum do querido Sargento Pimenta.

2 comentários:

  1. RUY CASTRO

    Artista brasileiro

    RIO DE JANEIRO - "Sgt. Pepper's", o LP dos Beatles, fez ontem 40 anos e está sendo justamente comemorado. Sobram louvações a seu repertório, arranjos, interpretações e ao LP em si, em termos gráficos e conceituais. Para os intrépidos, é o maior disco de música popular de todos os tempos. A ver.
    Não se discutem a riqueza musical e a beleza física do produto. São tantas as qualidades, aliás, que não é preciso inventar outras a que ele não faz jus. Não foi, por exemplo, o primeiro LP "conceitual" da história -ou seja, gravado com uma unidade temática ou sonora, em vez de uma coletânea de faixas soltas, como se diz que era a regra.
    Em 1967, LPs "conceituais" eram tão comuns quanto andar para a frente. Nos dez anos anteriores, Frank Sinatra, na Capitol, Ella Fitzgerald, na Verve, e Louis Armstrong, na Decca, já tinham gravado dezenas com essas características. Na verdade, antes até da invenção do LP já se gravavam álbuns "conceituais" de discos em 78 rpm, inclusive no Brasil, como o "Mario Reis apresenta Sinhô", da Continental, em 1951.
    E "Sgt. Pepper's" não foi também o primeiro a trazer as letras das canções impressas -no caso, na parte interna da capa dupla. Daqui de onde estou, vejo vários LPs brasileiros anteriores e com as letras na contracapa: "Se Acaso Você Chegasse", com Elza Soares, de 1960; o essencial "O Amor, o Sorriso e a Flor", com João Gilberto, idem, de 60; e "Malandro em Sinuca", com Moreira da Silva, de 1961. Mas nenhum mais radical do que "A Noite de Meu Bem", com Lucio Alves, de 1959: seis letras na capa e as outras seis na contracapa.
    Todos esses LPs eram da Odeon e tinham como diretor de arte Cesar G. Villela, famoso depois pelo visual da gravadora Elenco. Mas Cesar é apenas um grande artista brasileiro -não conta.

    ResponderExcluir
  2. Então tá.

    Só escrevi o que sabia como beatlemaníaco desde pirralho.

    Mas que "Sgt. Pepper's" é um grande disco, isso nem mesmo os detratores dos Beatles podem negar.

    ResponderExcluir