quarta-feira, 30 de março de 2005

EPIDEMIA

Antes de mais nada, nem sou fã do Artur Xexéo. Mas depois de ler os ataques na última coluna dele, não dá pra não se sentir indignado com os que o atacam. Segue a coluna:


"Fãs de Leonardo unidos jamais serão vencidos
(Publicado em 30 de março de 2005)


A nota era pequenininha, publicada no fim da coluna de quarta-feira passada. Para que vocês entendam melhor o que aconteceu, deixo aqui sua reprodução literal:

“Mais coisas que incomodam em ‘América’: a versão sertaneja para ‘Nervos de aço’ que faz parte da trilha sonora. Se Glória Perez precisar de um gancho, aqui vai uma sugestão: quem assassinou Lupicínio Rodrigues?”

O primeiro e-mail (de Paula Faria) que chegou foi mais do que esclarecedor:

“Gostaria de informar que a maravilhosa e inigualável voz que interpreta divinamente a canção ‘Nervos de aço’ na novela ‘América’ pertence ao atual maior vendedor de CDs desse país (a propósito, o senhor conhece esse país? Sabe quem faz parte da verdadeira MPB? Sabe o que representam as vozes de Leonardo e seu, infelizmente, falecido irmão para esse país?). Se o senhor não sabe quem emprestou sua emocionante voz a uma música já esquecida no cenário musical do Brasil tornando-a sucesso absoluto, devo informar-lhe que o dono da brilhante voz é Leonardo, uma pessoa que é verdadeiramente brasileira, ama seu país e seu povo e que nasceu com uma voz abençoada (Me diga uma coisa, o senhor é mesmo brasileiro?).”

Nem tive tempo para assimilar as questões levantadas pela leitora sobre a voz inigualável, emocionante e brilhante de Leonardo. Quando pensava nisso, chegou outro e-mail, este de Larissa Nascimento:

“Meu caro, concordo que cada um tenha seu gênero de música preferido. Porém, ofender um cantor do gabarito de Leonardo não é para qualquer chinelo, não, tá ? Caso você ainda não saiba, Leonardo é um dos maiores vendedores de discos dos últimos tempos.”

O e-mail de Larissa se encerrava com uma citação de Mário Quintana:

“O segredo não é correr atrás das borboletas.../ É cuidar dos jardins para que elas venham até você.”

Com o auxílio do Google, descobri que essa história das borboletas é uma das frases preferidas dos blogs que andam por aí. Há 111 diferentes que fazem referência à citação!

Mas também não pude me dedicar a Mário Quintana. De repente, chegaram mais três e-mails. De uma vez só. Como ilustração, seleciono o de Ana Paula dos Santos Boim:

“Venho através deste mostrar a minha indignação pelo comentário muito maldoso que fizeram com o nosso saudoso Leonardo. Comentários maldosos são desnecessários e, além de tudo, são só para vender jornal. Acho que vocês não precisam disso. E não se esqueçam que um dia vocês podem precisar de uma entrevista do Leo e o mesmo pode recusar.”

Confesso que este me impressionou até mais do que os outros. Saudoso Leonardo? Será que eu perdi algum capítulo? Isso é fã que se apresente? Não sei, não, mas acho que Leo não vai gostar.

E chegaram mais nove e-mails. Também de uma vez só:

“Só podia ser do Rio mesmo”, escreveu Gabi Castro. “Será que você não tem mais no que falar nesse estadinho aí? Fala do problema social do país, idiota. Ainda bem que o Leonardo não precisa de você. Mas você precisa dele para botar comida na sua casa. Acho que você não entende de música, né ?”

Humm... A barra estava ficando pesada. Não deu mais para contar. Era um e-mail atrás do outro. Como o de Rosane Souza:

“Pobre imprensa brasileira que tem num de seus mais representativos jornais um colunista desse naipe. Que você prefira musiquinhas xexeolentas e intelectualóides, fazer o quê?” Comecei a deletar sem ler o conteúdo das mensagens depois de receber uma acusação anônima: “Imbecil, certamente quem assassinou o Lupicínio Rodrigues foi a sua mãe”.

Nossa, nem parece texto do fã de um cantor com voz tão inigualável, emocionante e brilhante.

Mas será que todos os leitores da coluna são fãs de Leonardo? Comecei até a desconfiar que todos os fãs de Leonardo são leitores do GLOBO. Até chegar o e-mail de um espião que descobriu o segredo do movimento pró-Leonardo na própria internet. Está lá, espalhada por um dos fãs-clubes do cantor a seguinte mensagem:

“Isso é uma ofensa ao nosso maior ídolo. Manifestem suas indignações mandando e-mails de repúdio para ele.” Ele, no caso, é este locutor que vos fala. “Fãs unidos pelo nosso ídolo enviem para todos os seus contatos e vamos à luta. Não podemos engolir tamanho desaforo.”

Tudo explicado. É assim como um e-mail voando sem rumo, pedindo para que todos vistam preto em protesto contra essa coisa toda que está aí. Só que, desta vez, a orientação era que se dirigissem à minha coluna repudiando a nota que criticava a melosa interpretação de Leonardo para um clássico do samba-canção. Entrego os pontos. Quero ter minha caixa postal vazia outra vez. Juro que vou prestar atenção na voz inigualável do saudoso Leo. Não sou capaz de brigar com um fã à beira de um ataque de nervos. Mas, por favor, só não peçam para que eu ouça “Nervos de aço” outra vez na versão do cantor sertanejo. É de matar
."


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Para quem diz que Leonardo é um dos maiores vendedores de discos dos últimos tempos, creio que as palavras de Woody Allen em "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (1977) são perfeitas: "Popular? Nixon era popular. Bambolês eram populares. Uma epidemia de tifo é popular. Quantidade não significa qualidade."


Para quem diz que o comentário mordaz do Xexéo sobre a "abençoada voz" do cantor Leonardo só podia ser do "Estadinho" do Rio mesmo, só digo que a MPB se mediocrizou de forma ímpar quando do crescimento das duplas "sertanejas" do interior de São Paulo, das bandas de axé music da Bahia e dos grupos de pagode romântico do Rio de Janeiro - que é um Estado muito digno e honrado como qualquer um do nosso país, mas que também faz muita música ruim, assim como todos os outros. E mil vivas a Adoniran Barbosa, queridíssimo paulistano do Bexiga, talentoso como nenhuma dupla "sertaneja" surgida de 1980 para cá poderia sonhar.


Ah! E só pra lembrar, mais uma coisa: posso estar errado, pois não sou especialista no assunto, mas que eu saiba, o conceito legítimo de "música sertaneja" é a música nordestina, que vem do sertão brasileiro, e não feita nos rodeios do interior de SP, Mato Grosso e Goiás. Para mim música sertaneja de verdade - e de grande qualidade - é Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Sivuca, Jackson do Pandeiro, Humberto Teixeira, Patativa do Assaré, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Moraes Moreira, entre outros grandes nomes da MPB.


E para quem ainda diz que os nostálgicos não têm razão, eu só digo que nos anos 60, 70 e 80 as rádios tocavam Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil, Rita Lee, Raul Seixas, Tom Jobim, Elis Regina, Tim Maia, Jorge Ben e muitos outros nomes de talento real. E toda essa gente boa era a nossa MPB. Hoje, infelizmente eu não sei mais o que significa essa sigla. Quer dizer, sei: são os grandes compositores, intérpretes e músicos que as rádios não tocam e que não aparecem no Programa do Faustão. E que fazem uma imensa falta aos nossos sofridos ouvidos, que há décadas estão infestados de sertanOjos, axés, "fanks" e grupos de pagode romântico.


 

É...


Pois é...

MEGALODON


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"Brody sacudiu a cabeça, como que para reunir os pensamentos e separar as visões.


- Ainda não sei se devo acreditar no que vi. (...) Não vão querer dizer-me que essa coisa é um peixe. Mais se parece com esses negócios que eles gostam de mostrar nos filmes, os monstros das profundezas do oceano.


- Pode ter certeza de que é de fato um peixe - disse Hooper, ainda bastante excitado. - E que peixe! Quase um megalodon.


- Que negócio é esse? - quis saber Brody.


- É um exagero. Mas se existe um negócio desse tamanho nadando por aqui, como não é o megalodon? O que me diz, Quint?


- Eu digo que você apanhou muito sol e está delirando.


- Não é isso. Até que tamanho acha que esses peixes crescem?


- Não sou bom em adivinhação. Eu calculo que esse peixe tenha sete metros, por isso, digo que eles crescem até sete metros. Se eu amanhã vir um de oito metros, passarei a dizer que eles crescem até oito metros. Querer adivinhar é besteira.


- E a que tamanho eles chegam? - indagou Brody, desejando no mesmo instante não ter feito a pergunta, pois sentiu que ela o subordinava a Hooper.


Mas Hooper estava muito enlevado e feliz para querer bancar o superior.


- Este é o problema: ninguém sabe. Apanharam na Austrália um que se enredou em correntes e se afogou. Tinha doze metros - ou, pelo menos foi o que afirmaram os relatórios.


- O que significa que é quase duas vezes maior do que este.


Brody não conseguia ainda entender totalmente o peixe que acabara de ver. Muito menos podia sentir a imensidade do que Hooper acabara de descrever.


- Geralmente as pessoas parecem aceitar dez metros como o tamanho máximo - continuou Hooper - mas é um número totalmente fantasioso. É como diz Quint. Se amanhã elas virem um de doze metros, passarão a aceitar doze metros como o tamanho máximo. O que é realmente terrível, o que arrasa com a gente, é imaginar - e pode perfeitamente ser verdade - que existam grandes tubarões brancos nas profundezas do oceano com mais de trinta metros!


- Essa não! - disse Quint.


- Não estou afirmando que eles existam, estou dizendo apenas que é possível.


- Continuo a achar um absurdo.


- Talvez sim, talvez não. O nome latino para esse peixe é Carcharodon carcharias. O ancestral dele mais próximo que podemos encontrar é algo chamado Carcharodon megalodon, um peixe que existiu talvez há uns trinta ou quarenta mil anos atrás. Já foram encontrados alguns dentes fósseis do megalodon. Têm cerca de quinze centímetros de comprimento, o que põe o tamanho do peixe entre vinte e cinco e trinta metros. Os dentes encontrados são praticamente iguais aos dentes dos grandes tubarões brancos que existem atualmente. Mas suponhamos que os dois peixes sejam na verdade uma única e mesma espécie? Como se pode assegurar que o megalodon está realmente extinto? Por que deveria estar? Não certamente por falta de alimento. Se há no fundo do mar alimentação suficiente para sustentar as baleias, deve haver também para um tubarão desse tamanho. Só porque jamais vimos um tubarão branco de trinta metros, isso não significa necessariamente que eles não existam. Eles não teriam a menor razão de vir à superfície, pois todo o alimento de que precisassem estaria nas profundezas. E quando um morresse, não flutuaria até a tona, pois os tubarões não possuem bexigas de flutuação. Podem imaginar como pareceria um tubarão branco de trinta metros? Podem imaginar o que ele seria capaz de fazer, a força que não teria?


- Nem quero pensar - murmurou Brody.


- Seria como uma locomotiva, com a boca cheia de facas de açougueiro.


- Está querendo dizer que esse é apenas um filhote?


Brody estava começando a se sentir desamparado e vulnerável. Um peixe tão grande como o que Hooper estava descrevendo poderia reduzir o barco a palitinhos.


- Não, esse é um peixe maduro. Tenho certeza absoluta. Mas os peixes são como as pessoas. Há pessoas que têm um metro e meio, outras têm dois metros. Eu daria tudo para ver um grande megalodon!


- Você perdeu completamente o juízo - asseverou-lhe Brody.


- Não, meu caro, pense um pouco. Seria como descobrir o Abominável Homem das Neves."


 


(Peter Benchley, TUBARÃO, 1974, Ed. Record, Rio de Janeiro, páginas 215 a 217)


 


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Se Matt Hooper - o ictiólogo especialista em tubarões criado por Peter Benchley e interpretado no filme de Steven Spielberg por Richard Dreyfuss - pode ser considerado louco por sonhar em um dia ver um Carcharodon megalodon de perto, então eu e alguns cientistas também somos.


Desde os meus dez anos de idade, quando assisti o filme de Spielberg no cinema e li o livro de Benchley, os tubarões brancos e os megalodons têm feito parte dos meus sonhos mais fantásticos. Sonhos, não pesadelos. O grande tubarão branco - também chamado de "morte branca" na Austrália - é, na minha opinião, o mais belo e perfeito de todos os animais que já existiram em nosso planeta.


O sensacionalismo contido no livro de Benchley - hoje arrependido de ter transformado um animal tão magnífico num "monstro" - fez muito mal à imagem que os humanos têm dos tubarões, e fez com que alguns idiotas os massacrassem indiscriminadamente. Existem mais de 300 espécies de tubarões no mundo e menos de 10% delas atacam o Homem. É muito mais fácil, possível e provável ser morto fulminado por um raio, picado por abelhas ou pisoteado por elefantes do que por um ataque de tubarão. Pelo menos os ecologistas e biólogos conseguiram esclarecer esses fatos nas últimas duas décadas.


Mesmo assim, no topo da cadeia alimentar dos oceanos, o grande tubarão branco continua sendo um enigma em alguns aspectos enquanto reina absoluto em seu habitat. E, como disse Hooper, quem sabe também não existam realmente Carcharodon megalodons vivendo nas fossas submarinas do Pacífico e do Atlântico, a mais de 5 mil metros de profundidade? É algo que eu adoraria descobrir um dia. Em pessoa. E com uma alegria descomunal.


 

domingo, 27 de março de 2005

MINIATURAS - CINE - 1975-1982


"Bruce", o tubarão mecânico de Tubarão, que ganhou este apelido por ter dado muita dor de cabeça à equipe de filmagens, e por ser o nome do advogado do diretor Steven Spielberg.

"Gosh, you've... really got some nice toys here."

(O replicante Roy Batty para seu criador Tyrell em "Blade Runner", 1982, de Ridley Scott)


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Este é o terceiro álbum com miniaturas de personagens famosos. Aqui estão personagens de filmes modernos e contemporâneos lançados entre 1975 e 1982. Mais uma vez priorizei as figuras mais curiosas e interessantes que pude achar na internet, nos sites mais diversos. Algumas vezes vocês poderão ver o mesmo personagem várias vezes, mas de fabricantes ou em poses diferentes.

Aqui existem miniaturas industrializadas de vários fabricantes - Kenner/Hasbro, Mattel, McFarlane Toys, entre outros -, além de estatuetas feitas de resina, vinil, chumbo e diversos materiais, e bonecos "customizados", isto é, construídos por amadores de forma bastante fiel aos seus personagens favoritos.

Continuo me surpreendendo com a descoberta de miniaturas de filmes e personagens que nunca imaginei que tivessem público interessado em possuir tais itens colecionáveis.


P.S.: Este álbum pode aumentar a qualquer momento em edição extraordinária!

sexta-feira, 18 de março de 2005

A FESTA DO MONSTRO MALUCO






A FESTA DO MONSTRO MALUCO (MAD MONSTER PARTY?)
1966 - EUA - 94 min. - Cor

Direção: Jules Bass
Roteiro: Harvey Kurtzman, Len Korobkin, baseado no argumento de Arthur Rankin Jr.
Produção: Joseph E. Levine, Arthur Rankin Jr., Larry Roemer / Embassy
Fotografia e Animação: Tad Mochinaga
Música: Maury Laws, Jules Bass
Coreógrafo: "Killer Joe" Piro
Desenho dos personagens: Jack Davis
Elenco: Boris Karloff (Barão Boris von Frankenstein), Gale Garnett (Francesca), Phyllis Diller (noiva da criatura de Frankenstein), Allen Swift (Felix Flankin/ Yetch/ Drácula/ Homem Invisível/ Dr. Jekyll/ Mr. Hyde/ vozes adicionais), Ethel Ennis (vocal da canção de abertura).

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Longa-metragem de animação de bonecos, "A Festa do Monstro Maluco" é um dos maiores cult movies de quem passou a infância nos anos 70. Com roteiro de Harvey Kurtzman e design dos personagens criado por Jack Davis (dois "monstros sagrados" da revista MAD), o filme conta uma história simples, que mistura comédia, terror e musical, voltada especialmente ao público infanto-juvenil (apesar de várias referências ao universo adulto).

O Barão Boris von Frankenstein, líder da Organização Mundial dos Monstros, convoca uma reunião em sua ilha particular para anunciar três coisas. Ele criou uma fórmula secreta de destruição total, decidiu se aposentar e quer escolher seu sucessor. Os convidados - entre eles o Conde Drácula, o Lobisomem, Dr. Jekyll e o Sr. Hyde, a Múmia, o Homem Invisível, o Corcunda de Notre Dame, o Monstro da Lagoa Negra, a criatura de Frankenstein, e sua noiva - disputam a fórmula e o cargo, enquanto Francesca, a bela, voluptuosa e ruiva assistente do Barão, corre por fora tentando acabar com o verdadeiro herdeiro do cientista: Felix Flankin, o jovem e ingênuo sobrinho do Barão von Frankenstein.

Grande destaque da "Sessão da Tarde" na década de 1970, "A Festa do Monstro Maluco" foi filmado num sistema de stop-motion batizado de "animagic", longe de um realismo tecnológico visto no cinema atual, porém bastante eficaz e lúdico. O tema de abertura é uma referência óbvia aos temas da série James Bond, e a frase final cita diretamente o clássico "Quanto Mais Quente Melhor", de Billy Wilder. O próprio Boris Karloff, um dos atores-símbolo do cinema de terror de todos os tempos, dublou o personagem central. Outro grande ator do gênero, Peter Lorre, foi a inspiração para o personagem Yetch, o mordomo do Barão, eternamente apaixonado por Francesca. Sem dúvida alguma o cineasta Tim Burton se inspirou n"A Festa do Monstro Maluco" para fazer "O Estranho Mundo de Jack"/ "A Nightmare Before Christmas" e seus curtas de animação.

Dificílimo de se achar no Brasil por décadas, o filme foi lançado no exterior em VHS e recentemente em DVD, além de ter a trilha sonora em CD. Para quem estava com saudades de Felix, Francesca (a precursora de Jessica Rabbit), tio Boris & companhia e não revê o filme desde os tempos do drops Dulcora, do Mandiopã e do lanche Mirabel, aqui está um álbum com mais de uma centena de fotos de presente!

Não deixe de ver também algumas miniaturas do filme - Tio Boris, Yetch, a criatura de Frankenstein, Dr. Jekyll e o Sr. Hyde - no álbum MINIATURAS - CINEMA CLÁSSICO!!!

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Álbum montado especialmente para minha queridíssima Karla, com muito carinho! ;-)

quarta-feira, 16 de março de 2005

CURSO HISTÓRIA ILUSTRADA DO CINEMA




Professores: Cláudia Grinsztein Dottori (pesquisadora da Rede Globo, especializada em cinema, televisão e música, formada em cinema na UFF), e Oswaldo Lopes Jr. - este humilde internauta que vos fala - (roteirista de cinema e televisão, e fotógrafo).

O curso existe desde 1993 e já foi ministrado em vários lugares, entre eles Casa França-Brasil, Centro Cultural Paschoal Carlos Magno (Niterói) e Teatro Gláucio Gill.

PRESTIGIEM!!!

P.S.: Atenção para o ENDEREÇO CERTO, que está no segundo banner: Rua Visconde de Pirajá, 156!!!
Só não apago o primeiro banner pois temo que todos os comentários possam sumir.

terça-feira, 15 de março de 2005

AS TIME GOES BY


Description:

Música e letra de Herman Hupfeld, cantada por Dooley Wilson.

"As Time Goes By" foi lançada em 1931, cantada por Frances Williams no espetáculo da Broadway "Everybody's Welcome", inspirado na peça nunca montada "Everybody Comes to Rick's" de Murray Burnett. Na época a canção não fez muito sucesso.

A peça de Burnett também inspirou a Warner Brothers a produzir o filme "Casablanca", dirigido por Michael Curtiz em 1942. "As Time Goes By" foi escolhida como a canção-tema e fez um imenso sucesso, da mesma forma que o filme de Curtiz, cultuado até hoje por muitos como um dos melhores e mais inesquecíveis da História do cinema. Eu particularmente o considero o filme com alguns dos melhores diálogos de todos os tempos.

Além de "As Time Goes By", a trilha sonora contou com um completo score de Max Steiner, e canções como "It Had to Be You", "Knock on Wood", "Love For Sale", entre outras - inclusive o hino da Alemanha, Die Wacht Am Rhein", e o hino da França, "La Marseillaise", com arranjos de Steiner.

No elenco de "Casablanca", Humphrey Bogart (Rick Blaine), Ingrid Bergman (Ilsa Lund), Paul Henreid (Victor Laszlo), Claude Rains (Capitão Renault), Dooley Wilson (Sam), Conrad Veidt (Major Strasser), Sidney Greenstreet (Señor Ferrari), Peter Lorre (Ugarte), S. Z. "Cuddles" Sakall (Carl).


Ingredients:

You must remember this
A kiss is just a kiss
A sigh is just a sigh
The fundamental things apply
As time goes by

And when two lovers woo
They still say: "i love you"
On that you can rely
No matter what the future brings
As time goes by

Moonlight and love songs - never out of date
Hearts full of passion - jealousy and hate
Woman needs man - and man must have his mate
That no one can deny

It's still the same old story
A fight for love and glory
A case of do or die
The world will always welcome lovers
As time goes by

Moonlight and love songs - never out of date
Hearts full of passion - jealousy and hate
Woman needs man - and man must have his mate
That no one can deny

It's still the same old story
A fight for love and glory
A case of do or die
The world will always welcome lovers
As time goes by


Directions:
Para um dama muito especial com quem falei ontem ao telefone e que infelizmente nunca assistiu "Casablanca"...

segunda-feira, 14 de março de 2005

MINIATURAS - CINE - 1903-1974




"(This is) the stuff that dreams are made of"

(Humphrey Bogart - na pele do detetive Sam Spade - na cena final de "O Falcão Maltês"/"Relíquia Macabra", 1941, de John Huston)


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Este é o segundo álbum com miniaturas de personagens famosos. Aqui estão personagens de filmes clássicos, desde a época do cinema mudo até meados da década de 1970.

Definir um clássico é uma tarefa muito difícil. Alguns filmes contemporâneos, com menos de 20 ou mesmo 10 anos de existência, podem ser considerados clássicos modernos. Entretanto escolhi o critério de prestígio e antiguidade - até meados dos anos 70 - para montar esse álbum. E logicamente, fiquei atento às figuras mais curiosas e interessantes que consegui encontrar pelos quatro cantos da internet.

Aqui vocês verão criaturas e cenas de filmes realmente clássicos, em geral de horror, ficção científica, aventura, faroeste, comédia e fantasia. Filmes e personagens que o público leigo jamais imaginaria que um dia iriam se transformar em miniaturas e dioramas, objetos de culto de colecionadores. Aproveitem e deliciem-se com essa galeria de criaturas fantásticas!


P.S.: Este álbum pode aumentar a qualquer momento ou em edição extraordinária!

domingo, 13 de março de 2005

PAREM AS ROTATIVAS!


Algumas gafes jornalísticas recebidas por e-mail de uma amiga da Comunicação da UFF. A verdade nua e crua! Doa a quem doer! Divirtam-se! :-)


1. "A NOVA TERAPIA TRAZ ESPERANÇAS A TODOS OS QUE MORREM DE CÂNCER A CADA ANO." (Jornal do Brasil)

# (Aonde? Na cova?)


2. "APESAR DA METEOROLOGIA ESTAR EM GREVE, O TEMPO ESFRIOU ONTEM INTENSAMENTE." (O Globo)

# (O frio não estava filiado ao sindicato grevista)


3. "OS SETE ARTISTAS COMPÕEM UM TRIO DE TALENTO." (Extra)

# (Hã???)


4. "A VÍTIMA FOI ESTRANGULADA A GOLPES DE FACÃO." (O Dia)

# (Deve ser uma nova modalidade de estrangulamento)


5. "OS NOSSOS LEITORES NOS DESCULPARÃO POR ESSE ERRO INDESCULPÁVEL." (O Globo)

# (De jeito nenhum!)


6. "NO CORREDOR DO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO OS DOENTES CORRIEM COMO LOUCOS." (O Dia)

# (Naturalmente....)


7. "ELA CONTRAIU A DOENÇA NA ÉPOCA QUE AINDA ESTAVA VIVA." (Jornal do Brasil)

# (Jura?)


8. "PARECE QUE ELA FOI MORTA PELO SEU ASSASSINO." (Extra)

# (Não diga!)


9. "FERIDO NO JOELHO, ELE PERDEU A CABEÇA." (O Dia)

# (Peraí, onde foi o machucado mesmo?)


10. "O ACIDENTE FOI NO TRISTE E CÉLEBRE RETÂNGULO DAS BERMUDAS." (Extra)

# (Mas até ontem era um triângulo!?!?)


11. "O TRIBUNAL, APÓS BREVE DELIBERAÇÃO, FOI CONDENADO A UM MÊS DE PRISÃO." (O Dia)

# (E será que ele tem cela especial?)


12. "O VELHO REFORMADO, ANTES DE APERTAR O PESCOÇO DA MULHER ATÉ A MORTE, SE SUICIDOU." (O Dia)

# (Seria a volta dos mortos-vivos?)


13. "A POLÍCIA E A JUSTIÇA SÃO AS DUAS MÃOS DE UM MESMO BRAÇO." (Extra)

# (Que aberração!)


14. "DEPOIS DE ALGUM TEMPO, A ÁGUA CORRENTE FOI INSTALADA NO CEMITÉRIO, PARA A SATISFAÇÃO DOS HABITANTES." (Jornal do Brasil)

# (Água no além para purificar as almas...)


15. "HÁ MUITOS REDATORES QUE, PARA QUEM VEIO DO NADA, SÃO MUITO FIÉIS ÀS SUAS ORIGENS." (O Globo)

# (Do pó ao pó...)


16. "O AUMENTO DO DESEMPREGO FOI DE 0% EM NOVEMBRO." *

# (Onde vamos parar desse jeito?)


17. "O PRESIDENTE DE HONRA É UM JOVEM SEPTUAGENÁRIO DE 81 ANOS." *

# (Quanta confusão! Mas idade não é documento...)


18. "QUATRO HECTARES DE TRIGO FORAM QUEIMADOS. A PRINCÍPIO TRATA-SE DE UM INCÊNDIO." *

# (Ah, bom, achei que estivessem fazendo pão!)


19. "NA CHEGADA DA POLÍCIA, O CADÁVER SE ENCONTRAVA RIGOROSAMENTE IMÓVEL." *

# (Viu como ele é disciplinado?)


20. "O CADÁVER FOI ENCONTRADO MORTO DENTRO DO CARRO." *

# (Sem comentários...)


21. "PREFEITO DE INTERIOR VAI DORMIR BEM E ACORDA MORTO."

# (Acorda???)

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* - Os autores destas manchetes ficaram com vergonha demais para divulgar seus jornais... :-P

sábado, 12 de março de 2005

MINIATURAS - TV




"Não existe nada mais antigo
Do que caubói que dá cem tiros de uma vez
A vó da gente deve ter saudade do ZING POW!
Do cinto de inutilidades
No nosso mundo tudo é novo e colorido
Não tem lugar pra essa gente que já era
Morcego velho, bangue bangue de mentira
Vocês já eram
O nosso papo é alegria"


("Cinto de Inutilidades", de Marcos Valle, Paulo Sérgio Valle e Nelson Motta)

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Este é o primeiro de uma série de álbuns com miniaturas de personagens famosos. Para começar, aqui estão vários personagens de seriados e desenhos animados da televisão que fizeram a cabeça e o coração de várias gerações. Todos em plástico, vinil, resina e outros materiais, prontos para descansar na estante de qualquer um que teve uma "babá eletrônica" na infância e que morre de saudades dos seus heróis de outros tempos.

Aguardem os outros!
Vida longa e próspera.
AUÍKA!

P.S.: Este álbum pode aumentar a qualquer momento ou em edição extraordinária!

quinta-feira, 10 de março de 2005

ENTRE BIPS E BURPS


BANCANDO O "CUPIDO", O STORMTROOPER BOB APRESENTA A PEPSI LIGHT AO R2-D2

O amor é lindo! Ano passado, na Creperia Marguerita, na Cobal do Humaitá, o stormtrooper Bob apresentou a lata de Pepsi Light ao indócil R2-D2, o robô mais desbocado desse lado da galáxia. E não é que o baixinho acabou se apaixonando pela moça? Ficaram enamorados e saíram de lá cheios de cafeína, loucos para uma longa jornada pela "night" carioca, à bordo de uma YT-1300 desgovernada.

Depois de uma semana ele voltou aqui pra estação espacial soltando gases por todas as frestas e agora exige doses industriais de Pepsi Light.

Como eu disse, o amor é lindo!

P.S.: Só espero que ele não parta o coração da moça com a irmã mais nova dela, a Pepsi Twist Light. Se bem que conhecendo o baixinho, não sei não... :-P

O TIGRE QUE COMIA GUARDA-CHUVAS


ALÉM DA IMAGINAÇÃO

Episódio de hoje:
"O Tigre que Comia Guarda-Chuvas".

Início dos anos 70. Esse Tigrão da Esso ficava na estrada para Vitória, no Espírito Santo, ao lado do referido posto de gasolina e de um restaurante. Embaixo dele, eu e minha mãe. Na viagem até Vitória ela deixou o guarda-chuva aos pés dele para aparecer na foto. Acabou esquecendo lá.

Na volta ao Rio, paramos no mesmo posto/restaurante. Posamos de novo aos pés do Tigrão. Outro guarda-chuva, novo em folha, foi devorado pelo grande felino.

Toda vez que minha mãe olhava essa foto falava nos dois guarda-chuvas oferecidos em holocausto à besta-fera descomunal. E o sacana continua lá sorrindo, como se não tivesse dois guarda-chuvas de mulher na sua dieta.

Histórias estrOnhas assim só acontecem comigo. Ou então... ALÉM DA IMAGINAÇÃO! :-P

quinta-feira, 3 de março de 2005

NOITE DE TERROR À BORDO


Diário de bordo 01-2-03-2005 da estação espacial OZ-65-RJ:

Na noite de ontem, quando já estava prestes a me preparar para desligar o comunicador cibernético, passei na sala de estar da estação espacial e dei de cara com o maior pesadelo que qualquer cosmonauta que vaga por este espaço infinito poderia ter: um alien face hugger me esperava camuflado no piso. Lá estava ele num canto da sala, imóvel, mas vivo, pronto para pular sobre mim e acabar com minha vida, deixando apenas as duas tripulantes felinas à deriva no espaço e à mercê de sua prole assassina que certamente sairia do meu ventre em um ou dois dias.

Como é de costume nessas situações, meus dedos dos pés se contraíram no limite da dor e senti a mão fria e pálida da irmã mais velha de Morpheus - a Morte - tocar meu ombro e sussurrar em meu ouvido "vamos?". Minhas pernas começaram a tremer como britadeiras e eu quase não conseguia me manter de pé. Mesmo sob uma enxurrada de adrenalina que fluía nas minhas veias, consegui atinar em pegar a haste de descarga elétrica e a pistola de gás venenoso para me defender da criatura.

Apesar de armado, com um objeto letal em cada mão, ainda hesitei em atacar o monstro, pois sabia que eles são imprevisíveis e que poderia mesmo assim investir contra mim, num movimento mais rápido que o meu, meus reflexos comprometidos pelo mais puro pânico.

Sem pensar muito, fui pra cima da criatura com uma fúria insana, alimentada por uma dose cavalar de adrenalina, pavor e ódio - tudo misturado. Para minha surpresa, o face hugger foi rapidamente imobilizado e não resistiu ao poder da haste de descarga elétrica e logo paralizou, o que me deu chance de disparar a pistola de gás venenoso. O monstro sucumbiu em menos de 30 segundos.

Terminado o extermínio da nefasta criatura espacial, continuei em meus extertores musculares involuntários. Fui obrigado a tomar uma dose cavalar de comprimidos calmantes para ver se conseguia voltar ao controle. Consegui desligar os monitores, o centro de comunicação, mas larguei a haste elétrica ao lado dos despojos e mantive a pistola de veneno em punho, para caso outra criatura abominável surgisse de surpresa nos corredores da estação espacial.

Demorei a dormir, ainda sentindo o medo rondando minha mente. Talvez a pior coisa de se viver sozinho solto no espaço sideral seja não ter com quem contar numa hora dessas, mesmo que a coragem lhe falte num momento crucial como esse.

Hoje pousei, fiz o que tinha que fazer na Terra, e retornei ao meu lar intergalático. Porém o cadáver do monstro ainda jaz na minha sala e a aversão e o pavor que tenho por ele é tão imenso e involuntário que ainda não sei como fazer para defenestrá-lo no éter espacial.

Bem, agora vocês me dão licença, mas tenho que enfrentar o corpo de um demônio morto jazendo no chão da minha sala. E tenho que me livrar dele rápido antes que os pesadelos se tornem piores do que já foram de ontem pra hoje.

Câmbio, desligo.

quarta-feira, 2 de março de 2005

ANGELINA x 111




Um pouco do fascínio, beleza e charme de miss Jolie - très Jolie - em 111 fotos escolhidas a dedo para iluminar este humilde site...