quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O GABINETE VEM AÍ!

Definitivamente este final de ano está sendo atípico. Consegui ignorar o Natal completamente e agora estou pouco ligando para o reveillon, que sempre foi a data mais importante do ano pra mim depois do meu aniversário. Tudo porque estou ansioso mesmo é pela chegada do sábado, dia 2 de janeiro, dia da inauguração do restaurante, bar e espaço cultural GABINETE, localizado na rua do Senado, 53, próximo à rua do Lavradio, coração da ferveção dos bares da Lapa, no Centro do Rio.

O GABINETE é inspirado nos antigos gabinetes de curiosidade que eram lugares em que durante a época das grandes explorações e descobrimentos dos século XVI e século XVII, se colecionavam uma multiplicidade de objetos raros ou estranhos dos três ramos da biologia considerados na época: animalia, vegetalia e mineralia; além das realizações humanas, e que mais tarde deram origem aos museus.

O GABINETE que será inaugurado no próximo sábado, dia 2 de janeiro no burburinho da Lapa, está sendo construído todo baseado em coleções e em colaboração e interação entre a casa e os clientes. Várias coleções estarão expostas lá, dos mais variados assuntos e temas - estampas Eucalol, relógios antigos, selos, livros e HQs de Indiana Jones, telefones, canecas, cartões telefônicos, livros sobre o R.M.S. Titanic, figuras de vinil de Guerra nas Estrelas, cartões postais, bolachas de chope, latas de refrigerante e de cerveja do mundo inteiro, Barbies, HQs de horror da editora Bloch, anúncios antigos, dioramas, LPs dos Beatles, bruxas de louça e porcelana, baralhos, xícaras, HQs do Planeta dos Macacos, trading cards, etc. - e poderão ser vistas por todos à partir do próximo sábado.

A casa também terá música ao vivo, lançamento de músicos e/ou artistas, palestras, lançamentos de livros, eventos culturais, além de naturalmente contar com uma excelente equipe gastronômica e diversos pratos da cozinha brasileira.

Por tudo isso, esse ano pra mim o reveillon é apenas um feriado no meio do caminho de um trabalho muito aguardado.

http://www.restaurantegabinete.com.br/

AOS AMIGOS QUE ESTÃO NO RIO, APAREÇAM E PRESTIGIEM!!!
 E UM FELIZ E FANTÁSTICO 2010 A TODOS!!! O ANO EM QUE FAREMOS CONTATO!!!


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

NATAL? VIVA O FESTIVUS!

Este ano decidi ignorar o Natal, fazer de conta que Natal não existe. Pra mim não faz a menor diferença mesmo. Nem toquei na minha árvore no fundo do armário. Que fique lá até o ano que vem ou até a vida melhorar, o que acontecer primeiro. Natal? O que é isso? E pensando bem: que diferença faz? Na minha vida, NENHUMA.

Como diria Frank Costanza, "que venha o Festivus!"

RUI E VANI SE CASARAM

É HOJE!!! 17 DE DEZEMBRO!!!

Ou hoje faz um ano!
O importante é que esse casal muito normal está junto até hoje!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O FUTEBOL E A AUTO-AFIRMAÇÃO

O futebol e a auto-afirmação

By rudyrafael

http://rudyrafael.wordpress.com/

No último domingo o time mais querido do Brasil e com a maior torcida do mundo sagrou-se hexacampeão nacional de futebol, o esporte mais popular do mundo. Toda esta festa, consagração e movimentação fazem com que algumas coisas comecem vir à tona.

Qual o verdadeiro motivo que leva uma pessoa a torcer para um time? Paixão? Amor? O gosto pelo esporte? O futebol virou apenas mais um meio de auto-afirmação.

A pessoa transfere para o time que torce a responsabilidade de assumir uma determinada postura: a de vitória. No time pelo qual torce a pessoa se vê. Ela precisa que o time seja vencedor, para que suas derrotas pessoais sejam superficialmente esquecidas, tanto por ela como pelos outros e quando isso não ocorre, vem a frustração, violência, raiva, ira e tudo o mais que represente a insatisfação. A transferência do dever ser faz com que o torcedor personalize um clube de futebol como sua própria extensão de identidade. O time é ele, se o time é vencedor, ele é vencedor, se o time perde, ele se sente perdedor. Nas vitórias do time é que o torcedor se impõe sobre o outro e nas derrotas o outro se impõe sobre ele. O torcedor do time que perdeu se sente perdedor e o medo de não ter algo positivo a mostrar gera a ira, raiva e angústia e, como grandes torcidas formam grandes egrégoras, acaba que o coletivo acaba formando uma grande bomba vibracional, que uma hora pode explodir e descambar em atos negativos.

Da mesma forma, quando o time vence, o torcedor se sente mais feliz, vitorioso, como se o mundo estivesse em suas mãos e como se fosse realmente um deus criador dos céus e da Terra; até esquece que isto não impedirá que as contas venham fim do mês.

Na realidade, tudo isso é pura ilusão, a realidade é o que é, cada um é o que é. Uma pessoa não é a roupa que veste e também não é o time que torce. Se o time vencer e for campeão, isto não torna a pessoa vencedora, da mesma forma que se o time perder, isto não a tornará perdedora. Transferir o interno ao externo é um grande erro.

*  *  *  *  *

Pra mim que jamais consegui entender de forma alguma o que é torcer para um time de futebol, comecei a entrever tal sentimento com esse texto esclarecedor. Concordo plenamente com o autor.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

BATES HOUSE - Presente de Natal adiantado!

Há muito tempo eu procurava uma maquete da casa de Norman Bates, do clássico "Psicose" (1960) de Alfred Hitchcock, para montar e anexar à minha coleção de miniaturas e dioramas de cinema, porém todas as que já foram fabricadas em plástico ou vinil estão fora de catálogo ou são inacessíveis aos reles mortais abaixo da linha do Equador sem cartão de crédito internacional. Até que descobri esse fantástico modelo EM PAPEL lançado no site Haunted Dimensions, que disponibiliza GRATUITAMENTE modelos de casas mal-assombradas famosas para serem baixados, impressos e montados por qualquer um.

http://www.haunteddimensions.raykeim.com/index660.html

Quando montado o modelo da Mansão Bates tem 17cm de altura por 14cm de largura e 21,5cm de profundidade, na escala aproximada de 1:66. Além de uma excelente impressora colorida e papel de alta qualidade e gramatura pesada (eu imprimi o meu modelo num bureau profissional), é necessário ter estilete, cola branca e tesoura para a montagem da maquete.

Daqui a uns dois meses, quando terminar de montar a minha Mansão Bates, vou tentar fazer o diorama de todo o cenário - com o morro, a escada, as árvores, os arbustos e um fundo de céu noturno tempestuoso - que compõe o visual assustador que a celebrizou no clássico de terror e suspense do mestre Hitchcock.

E uma curiosidade para quem não sabe: a Mansão Bates, construída em 1959 para as filmagens de "Psicose" pelos desenhistas de produção Joseph Hurley e Robert Clatworthy, foi totalmente inspirada na pintura de 1925 de Edward Hopper "House By The Railroad" - http://www.artknowledgenews.com/files2009a/Hopper_House_by_the_Railroad.jpg

sábado, 14 de novembro de 2009

Exposição PLAYMOBIL 35 ANOS + Exposição de carros antigos

Start:     Nov 15, '09 10:00a
End:     Nov 15, '09 7:00p
Location:     Museu Militar Conde de Linhares - Av. Pedro II, 383, São Cristóvão, em frente à Quinta da Boa Vista
A Exposição PLAYMOBIL 35 ANOS amanhã tem a boa companhia da exposição de carros antigos no Museu Militar Conde de Linhares, em São Cristóvão!!! O dia inteiro!!! DOIS ÓTIMOS EVENTOS NO MESMO LUGAR DE UMA SÓ VEZ!!! ;-D

Não percam!!!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"ARCHIVOS IMPOSSIBLES" NO FESTIVAL INTERNACIONAL DE TV

Pessoal, amanhã - sexta, 13 de novembro - às 18hs, será exibido o piloto da série "ARCHIVOS IMPOSSIBLES", roteiro meu e do meu amigo Ricardo Favilla, dentro da competição de pilotos para série de TV do Festival Internacional de Televisão, no OI Futuro (Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo). Se der apareçam por lá para prestigiar e conferir o resultado!

"ARCHIVOS IMPOSSIBLES" é um dos meus "filhos" mais queridos! Comecei como "ator" (mambembe) do curta original feito em 1985 e virei roteirista do piloto e do projeto da série! É bom demais ver o resultado de um filme da gente tomar vida assim!!! :-)))

http://www.ietv.org.br/festival/ index.php? idioma=PT& pag=grade

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

EXPOSIÇÃO PLAYMOBIL 35 ANOS

EXPOSIÇÃO PLAYMOBIL 35 ANOS - O SUCESSO DE UM SORRISO

Exposição comemorativa  #  1o. Salão Playmoarte  #  Mostra de dioramas  #  Espaço de experimentação  #  1o. encontro nacional de colecionadores  #  Cineminha interativo dos piratas

De 7 a 22 de novembro de 2009
No Museu Militar Conde de Linhares
Av. Pedro II, 383 - Em frente ao portão centenário da Quinta da Boa Vista
São Cristóvão, Rio de Janeiro - RJ

De terça a domingo e feriados. Das 10hs às 17hs.
Nos fins de semana e feriados, transporte gratuito entre o metrô São Cristóvão e o museu!

Mais informações:
www.playmobil35anos.com.br

Estou ajudando na montagem da exposição e estarei presente no sábado o dia todo! APAREÇAM!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Conto (16): "OS FATOS NO CASO DO SR. VALDEMAR", de Edgar Allan Poe

Não devemos nos assombrar pelo fato de o caso do senhor Valdemar ter suscitado tantas discussões. Milagroso seria que as coisas não se tivessem passado assim, particularmente naquelas circunstâncias. O desejo comum a todas as partes interessadas de que o assunto se conservasse secreto, pelo menos de imediato, ou enquanto aguardasse a oportunidade de uma nova investigação, e os nossos esforços no sentido de obter um triunfo deram lugar a que se tivesse difundido um relato incorreto ou exagerado entre o público e que o assunto, apresentado com as cores mais desagradáveis, tenha dado origem a um grande descrédito.

Assim, é preciso que dê conta dos fatos, pelo menos tal como eu os compreendo e de uma maneira breve. Ei-los:

Várias vezes, no decurso dos últimos três anos, a minha atenção tinha sido atraída pelo magnetismo; e, há cerca de nove meses, acudiu-me subitamente à imaginação a idéia de que existia uma enorme e inexplicável lacuna na série de experiências feitas até o presente: ninguém havia sido mesmerizado in articulo mortis. Faltava saber se em tal estado o paciente podia receber o influxo magnético; em segundo lugar, se, em caso afirmativo, o influxo era atenuado ou ampliado devido a esta circunstância e, em terceiro lugar, até que ponto ou durante quanto tempo as usurpações da morte podiam ficar paralisadas por esta operação. Dever-se-ia verificar outros pontos, mas os anteriores eram os que mais excitavam a minha curiosidade, principalmente o último, em virtude do seu caráter transcendente.

Procurando à minha volta um indivíduo por meio do qual pudesse aclarar estes pontos, decidi-me pelo meu amigo Ernest Valdemar, compilador muito conhecido na Biblioteca Forense e autor (com o pseudônimo de Issachar Marx) das traduções polonesas de Wallenstein e de Gargântua. O senhor Valdemar, que residia habitualmente no Harlem (Nova Iorque), desde 1839, é, ou era, particularmente notado devido à sua excessiva magreza: os seus membros inferiores pareciam-se muito com os de John Randolph. Também dava na vista devido à brancura das suas grandes suíças, que contrastavam com a cabeleira negra, a ponto de muita gente pensar que ele usava peruca, tal a diferença de cores. Possuía um temperamento invulgarmente nervoso e era um excelente elemento para as experiências magnéticas. Em duas ou três ocasiões tinha-o feito adormecer sem grande dificuldade. Contudo, fiquei desconcertado a respeito de outros resultados que esperava obter da sua tão singular constituição. A sua vontade nunca esteve completamente sob a minha influência e, no que se refere à clarividência, nunca pude conseguir nada que pudesse considerar-se concludente. Eu sempre atribuíra os meus fracassos à sua precária saúde. Alguns meses antes de o conhecer, os médicos haviam-lhe diagnosticado uma tuberculose muito avançada. Devo também dizer que ele tinha o costume de falar com muito sangue-frio do seu fim próximo, como de uma coisa que não podia ser evitada nem sentida.

Quando me ocorreram pela primeira vez as idéias a que fiz referência, era muito natural que pensasse no senhor Valdemar. Conhecia suficientemente bem a filosofia do homem para recear quaisquer escrúpulos da sua parte e, como não tinha nenhum parente na América não era de temer este gênero de intervenção. Falei-lhe abertamente e verifiquei, com grande surpresa, que ele demonstrava um vivo interesse. Digo com grande surpresa porque, ainda que ele se tivesse prestado amavelmente às minhas experiências, nunca manifestara o menor interesse pelos meus estudos. A sua enfermidade era daquelas que permitem um cálculo exato quanto à hora do desenlace, e combinamos que ele mandaria chamar-me 24 horas antes do momento que os médicos indicassem para a sua morte.

Há sete meses recebi a seguinte carta do senhor Valdemar:

“Meu caro P…
“Já pode vir. Os doutores D… e F… estão de acordo e disseram-me que não passarei de amanhã. Creio que o cálculo deles deve ser bastante aproximado.”

Recebi esta carta cerca de meia hora depois de ter sido escrita e 15 minutos mais tarde encontrava-me no quarto do moribundo. Não o via há 15 dias e fiquei aterrado com a terrível alteração que este curto espaço de tempo tinha produzido nele. O seu rosto tinha a cor do chumbo, os olhos pareciam apagados e a sua magreza era tal que as maçãs do rosto estavam quase completamente descarnadas. Expectorava constantemente e tinha o pulso quase imperceptível. No entanto, conservava todas as suas faculdades espirituais e falava distintamente, tomando, sem necessidade de auxílio, alguns remédios que eram simples tranqüilizantes. Quando entrei no quarto, estava ocupado em escrever alguma coisa numa agenda. Achava-se amparado pelas almofadas da cama e era auxiliado pelos doutores D… e F…

Depois de ter apertado a mão de Valdemar, chamei os médicos de parte e pedi-lhes que me informassem acerca do estado do doente. Há cerca de oito ou dez meses, o pulmão esquerdo encontrava-se parcialmente ossificado e cartilaginoso e, portanto, incapacitado para toda a função vital. A parte superior do pulmão direito também se apresentava ossificada, embora não na sua totalidade, enquanto a parte inferior não passava de uma massa de tubérculos purulentos que penetravam uns nos outros. Havia, também, algumas perfurações profundas e, em determinada região, uma aderência permanente às costelas. Estas deteriorações do lóbulo eram de uma época relativamente recente. A ossificação tinha-se desenvolvido com uma rapidez insólita. Um mês antes não se descortinava o menor sintoma e a aderência havia sido assinalada somente nestes últimos dias. Independentemente da tuberculose, os médicos suspeitavam de um aneurisma da aorta, mas, a este respeito, os sintomas de ossificação tornavam impossível qualquer diagnóstico seguro. A opinião de ambos os médicos era de que o senhor Valdemar morreria por volta da meia-noite do dia seguinte, domingo. Eram, naquele momento, sete e meia da noite de sábado.

Ao abandonar a cabeceira do moribundo a fim de falar comigo, os doutores D… e F… tinham-se despedido dele pensando em não mais voltar. Todavia, a meu pedido, concordaram em tornar a ver o doente cerca das dez da noite.

Depois que eles se retiraram, falei livremente com o senhor Valdemar a respeito da sua morte próxima, e mais particularmente da experiência que tínhamos combinado realizar, e ele mostrou-se desejoso de iniciá-la imediatamente. Dois enfermeiros, um homem e uma mulher, deviam ajudar-nos. Porém, não me atrevia a empreender uma experiência de tamanha gravidade sem outras testemunhas cujas declarações oferecessem mais confiança no caso de surgir um acidente repentino. Acabava de marcar a operação para as oito quando a chegada de um estudante de Medicina, com o qual o senhor Valdemar tinha relações de amizade, o senhor Theodore L…, me ajudou a resolver a situação. Tinha pensado, a princípio, esperar pelos médicos, mas comecei logo, impelido não só pela insistência do senhor Valdemar, como também porque não havia tempo a perder.

O senhor L… acedeu amavelmente ao pedido que lhe expressei de que tomasse nota de tudo o que se ia passar e posso afirmar que anotou, palavra por palavra, o que aconteceu, pois foi a partir das suas notas que compilei este relato, com exceção de algumas partes que condensei.

Eram oito e cinco da noite quando, pegando na mão do doente, pedi-lhe que repetisse ao senhor L..

tão claramente quanto lhe fosse possível, o seu desejo de que eu fizesse com ele e naquelas condições, uma experiência de mesmerismo.

Valdemar repetiu em voz fraca, mas muito claramente:

- Sim, desejo ser mesmerizado. - E acrescentou em seguida: - Receio que já tenha passado tempo demais.

Enquanto ele falava, eu havia iniciado os passes que me pareciam mais eficazes para o adormecer. t certo que ele começou a sentir a influência da minha mão desde o primeiro passe hipnótico, mas, embora eu emanasse todo o meu poder, não se manifestou qualquer efeito apreciável até as 10h10m, momento em que os médicos D. e F. chegaram. Expliquei-lhes em poucas palavras o que pretendia e, como não puseram qualquer objeção, garantindo-me que o doente tinha entrado no período de agonia, continuei sem hesitação, substituindo os passes laterais por passes longitudinais e concentrando o meu olhar nos olhos do moribundo.

Enquanto isso, o pulso do senhor Valdemar tornara-se imperceptível e a sua respiração cada vez mais difícil, chegando a ficar suspensa durante períodos de cerca de meio minuto.

Esta situação manteve-se durante um quarto de hora, quase sem qualquer alteração.

Não obstante, ouvimos, decorrido este tempo, um suspiro natural, ainda que horrivelmente profundo, interrompendo-se a respiração entrecortada, quer dizer, cessando o estertor e passando a respirar com regularidade. As extremidades do doente estavam geladas.

Às 10h45m detectei sintomas indesmentíveis da influência magnética. O olhar vítreo e hesitante alterou-se, notando-se então aquela expressão penosa do olhar interior, que se observa somente nos casos de sonambulismo e acerca do qual não pode haver engano. Com alguns passes laterais rápidos fiz-lhe tremer as pálpebras, como quando temos sono, e, insistindo um pouco mais, fechei-as por completo. Todavia, isto não me bastava, e continuei com vigor os meus exercícios, projetando intensamente a minha vontade, até ter paralisado completamente os membros do doente adormecido, depois de o ter colocado numa posição aparentemente cômoda. As suas pernas estenderam-se por completo e os braços ficaram quase totalmente distendidos, repousando sobre o leito, a pequena distância dos rins. A cabeça achava-se ligeiramente elevada.

Já passava da meia-noite quando completei esta fase, e pedi aos presentes que observassem o estado do senhor Valdemar. Após algumas experiências, reconheceram que ele se encontrava num estado de catalepsia sumamente perfeita. A curiosidade dos dois medicos estava excitada em alto grau. O doutor D… decidiu, repentinamente, permanecer durante a noite inteira ao lado do doente, e o doutor F… retirou-se, prometendo voltar de madrugada. O senhor L… e os enfermeiros também ficaram.

Deixamos o senhor Valdemar completamente tranqüilo até as três da manhã e, a esta hora, aproximei-me dele e encontrei-o no mesmo estado em que o deixara o doutor F…, isto é, achava-se estendido na mesma posição, o pulso era imperceptível e a respiração regular, embora mal se sentisse, pois para se verificar a sua existência era necessário colocar-lhe um espelho diante da boca. Tinha os olhos fechados com naturalidade e os membros tão rígidos e frios como se fossem de mármore.

No entanto, a sua aparência geral não era a de um morto.

Ao aproximar-me do senhor Valdemar, fiz um pequeno esforço para obrigar o seu braço direito a seguir o meu nos movimentos que eu descrevia vagarosamente sobre a sua pessoa.

Noutras ocasiões, quando tentara estas mesmas experiências com o doente, nunca tinha triunfado por completo, e posso afirmar que também desta vez não contava com resultados satisfatórios. Todavia, verifiquei com grande espanto que o seu braço seguia muito suavemente, embora com pequena amplitude, todas as direções que o meu indicava. Tratei, então, de lhe fazer algumas perguntas.

- Senhor Valdemar - disse-lhe - está dormindo?

O senhor Valdemar não respondeu, mas, como visse que ele tremia os lábios, repeti a pergunta três vezes. Na terceira vez, um estremecimento percorreu-lhe o corpo. As pálpebras entreabriram-se sozinhas, deixando a descoberto uma pequena parte do globo ocular. Os lábios moveram-se devagar e deixaram escapar as seguintes palavras, num murmúrio quase indecifrável:

- Sim, estou dormindo. Não me acorde! Deixe-me morrer assim!

Apalpei-lhe os membros e encontrei-os tão rígidos como anteriormente. O braço direito, como fizera até momentos antes, obedecia às direções indicadas pela minha mão. Interroguei de novo o sonâmbulo:

- Ainda lhe dói o peito, senhor Valdemar?

A resposta fez-se esperar um pouco e ele murmurou com voz mais débil que da vez anterior:

- Dor? Não, estou morrendo,

Achei conveniente não o atormentar mais por enquanto e nada mais lhe disse até chegar o doutor F… que ficou assombrado ao ver o doente ainda vivo, quase ao amanhecer. Depois de lhe ter tomado o pulso e de lhe pôr um espelho diante da boca, pediu-me que falasse de novo com o moribundo, o que fiz da seguinte maneira:

– Senhor Valdemar, ainda continua dormindo?

Como anteriormente, ele tardou alguns minutos a responder, e, durante este intervalo, o senhor Valdemar parecia reunir toda a sua energia para falar. Ao interrogá-lo pela quarta vez, respondeu muito fracamente, de uma forma quase ininteligível:

- Sim, estou dormindo, morrendo.

Os dois médicos foram então de opinião, ou, melhor, exprimiram o desejo de que não se incomodasse o senhor Valdemar, deixando-o estar naquele estado de coma aparente, até que morresse. E isto devia ocorrer, prognóstico em que ambos estavam de acordo, no prazo de cinco minutos. No entanto, decidi falar-lhe de novo, repetindo a minha pergunta anterior.

Enquanto falava, operou-se uma grande modificação na fisionomia do moribundo. Os olhos giraram nas órbitas e abriram-se, a pele adquiriu a tonalidade da morte, e duas manchas circulares, febris, que até pouco tempo atrás se achavam claramente fixadas nas faces, apagaram-se de repente. Sirvo-me desta expressão porque a rapidez da sua desaparição fez-me lembrar uma vela que se apaga com um sopro. Ao mesmo tempo, o lábio superior contraiu-se, deixando os dentes a descoberto, enquanto o maxilar inferior caía bruscamente, produzindo um ruído que foi ouvido por todos, deixando a boca aberta e descobrindo completamente a língua negra e inchada. Presumo que todos os presentes estavam familiarizados com o espetáculo da morte, mas, no entanto, o aspecto do senhor Valdemar naquele momento tornou-se tão hediondo que todos recuamos, horrorizados.

Suponho que, ao chegar a este ponto, o leitor revoltado não queira dar-me crédito. No entanto, é meu dever continuar.

O senhor Valdemar não apresentava o menor indício de vida e, julgando que ele estava morto, íamos deixá-lo entregue aos enfermeiros, quando ouvimos um murmúrio que brotava da sua boca e que duraria cerca de um minuto. E ouvimos uma voz que seria loucura tentar descrever. Apesar disso, há dois ou três vocábulos que se poderiam aplicar, embora não dêem uma idéia cabal. Assim, posso dizer que o som era áspero, dilacerante e cavernoso. Porém, a descrição total não é definível, pois nenhum ouvido humano registrou jamais tais vibrações. A despeito de tudo, havia duas particularidades que, pensei então e ainda continuo a pensar, podiam considerar-se como características da sua entoação e que podem dar alguma idéia da sua singularidade extraterrestre. Em primeiro lugar, a voz parecia chegar aos nossos ouvidos, ou pelo menos aos meus, vinda de grande distância, como que surgida de um subterrâneo. Em segundo lugar, impressionou-me da mesma maneira (receio que seja impossível fazer-me compreender), da mesma maneira, dizia, que as matérias pegajosas e gelatinosas afetam o tato.

Falei ao mesmo tempo em som e voz, mas é meu desejo dizer que, no som, destacavam-se as sílabas com muitíssima clareza, com uma clareza terrível e espantosa. O senhor Valdemar falava, evidentemente para responder à pergunta que lhe tinha feito momentos antes. Como devem recordar-se, tinha-lhe perguntado se continuava dormindo ao que agora me respondia:

- Sim, dormi, eis que agora me encontro morto. Nenhuma das pessoas presentes pôde negar nem sequer pôr em dúvida o indescritível, o extremo horror destas palavras assim proferidas.

O senhor L…, o estudante, desmaiou. Os enfermeiros fugiram precipitadamente e não houve maneira de conseguir que voltassem. Quanto às minhas próprias impressões, não pretendo que o leitor chegue a compreendê-las. Durante perto de uma hora, sem trocarmos uma palavra, esforçamo-nos por fazer o jovem L… recobrar os sentidos. Quando voltou a si, prosseguimos as nossas investigações acerca do estado do senhor Valdemar.

Este continuava tal e qual descrevi anteriormente. Porém, não se obtinha o mínimo vestígio de respiração com o espelho. Uma tentativa de sangria num braço não teve êxito. Devo também dizer que o seu braço não obedecia à minha vontade e foi inutilmente que tentei fazê-lo seguir a direção da minha mão. A única indicação real da influência magnética apenas se manifestava pelo movimento vibratório da língua. Cada vez que dirigia uma pergunta ao senhor Valdemar, este parecia fazer um esforço para responder-me, como se já não dispusesse de vontade suficiente. Se algum dos presentes, excetuando eu próprio, lhe dirigia alguma pergunta, parecia insensível, embora eu tivesse tratado de pô-lo em relação magnética com eles. Creio agora ter relatado tudo o que é necessário para fazer compreender o estado do sonâmbulo neste período… Tratamos de arranjar outros enfermeiros e, às 10 horas, retirei-me, na companhia dos médicos e do senhor L…

À tarde, voltamos todos para ver o doente. O seu estado era absolutamente o mesmo. Travamos então uma discussão acerca da oportunidade e da possibilidade de despertá-lo, e não tardou que todos compreendêssemos as poucas vantagens que isso representaria para o senhor Valdemar. Era evidente que até aquele momento, a morte, ou o que se define pelo vocábulo morte, tinha ficado paralisada pelo magnetismo. Pareceu a todos evidente que despertar o senhor Valdemar seria, muito simplesmente, provocar, ou pelo menos acelerar, o seu fim.

Desde este dia até o último da semana passada, isto é, durante um período de quase sete meses, continuamos a reunir-nos em casa do senhor Valdemar, acompanhados de vários médicos e amigos. Durante todo este tempo, o sonâmbulo continuou no mesmo estado que já descrevi. Os enfermeiros vigiavam-no continuamente.

E na última sexta-feira, resolvemos despertá-lo, ou, pelo menos, tentar despertá-lo. O resultado deplorável desta última tentativa é que deu lugar a tantas discussões nos círculos privados, a tantos boatos, nos quais não posso deixar de ver uma injustificada credulidade popular.

Para arrancar o senhor Valdemar da catalepsia magnética fiz um dos passes habituais. Durante algum tempo não deram qualquer resultado, O primeiro sintoma de vida foi uma depressão parcial da íris. Observamos, como fato digno de nota, que esta depressão foi acompanhada de um fluxo muito abundante de um líquido amarelado, surgido de sob as pálpebras e que tinha um cheiro acre e muito desagradável.

Ocorreu-me então a idéia de exercer a minha influência sobre o braço do paciente, como fizera anteriormente. Nada consegui, apesar dos meus esforços. O doutor F… manifestou o desejo de que eu lhe fizesse uma pergunta. Fi-la nos seguintes termos:

- Senhor Valdemar, pode explicar-nos o que neste momento sente ou deseja?

As suas faces voltaram imediatamente a colorir-se com as manchas febris, a língua estremeceu, ou melhor, girou-lhe violentamente dentro da boca (embora os maxilares e os lábios continuassem imóveis) e ao fim de certo tempo tornamos a ouvir a pavorosa voz que já descrevi:

- Pelo amor de Deus!. .. Depressa! Depressa!… Faça-me dormir… ou então… depressa!… desperte-me! Depressa! Já lhe disse que estou morto!

Senti-me completamente aturdido e durante um minuto fiquei sem saber o que havia de fazer. Primeiro, tratei de tranqüilizar o paciente, mas a falta de vontade fez-me fracassar, e, em vez de acalmá-lo, envidei os meus esforços no sentido de despertá-lo. Em breve verifiquei que esta minha tentativa obteria êxito, ou pelo menos assim pensei, e estou certo de que todos os que se encontravam no quarto esperavam ver o sonâmbulo despertar.

Porém, é de todo impossível que algum ser humano estivesse preparado para o que sucedeu realmente.

Enquanto eu fazia os passes magnéticos, no meio de gritos de morto!, morto!, que literalmente explodiam na língua e não nos lábios do paciente, todo o seu corpo, subitamente, no espaço de um minuto ou menos, contraiu-se, diminuiu, desapareceu, apodreceu completamente debaixo das minhas mãos. Em cima da cama, diante dos olhos de todas as testemunhas, jazia uma massa repugnante, quase líquida, uma abominável putrefação.

"VOTA EM MIM, PEIXE"

"Caros amigos,

Recebi a triste notícia de que o ex-jogador Romário sairá candidato a Deputado Federal nas próximas eleições. A notícia é no mínimo revoltante.

Todos sabem que Romário viveu a vida no luxo, na esbórnia. Todos sabem que Romário teve vários filhos, com diferentes lindas modelos e atrizes, e que agora, deve uma fortuna de pensão alimentícia.

Todos sabem que Romário está afundado em dívidas.

Todos sabem que Romário, uma vez 'aposentado', não tem mais de onde tirar milhões de reais para sustentar os resquícios de sua fortuna, como prédios, apartamentos de luxo, carros importados e filhos com modelos.

Agora, Romário encontrou uma ótima solução para sair do vermelho. Pedir a milhões de 'peixes' que votem nele nas próximas eleições.

Na verdade, ele espera a ajuda de milhões de PATOS, que certamente pensarão: 'vou dar uma força para o Romário'. Assim, elegendo-se Deputado, ele poderá pagar suas dívidas e continuar a viver no luxo.

Eu gostaria de dizer que NÃO SOU PEIXE, NÃO SOU PATO e NÃO SOU OTÁRIO para levar um candidato como esse para Brasília, que só tem interesse em arrumar uma 'boquinha' para pagar a contas e sair do buraco.

Durante anos vimos Romário nas suas boites, night clubes, bebendo champanhe com lindas mulheres, queimando dinheiro. Você alguma vez foi convidado para alguma festa dele? Claro que não. Mas agora, ele quer que a gente pague a conta. Você acha isso justo?

Chega de eleger esses aproveitadores, que JAMAIS LERAM A CONSTITUIÇÃO DE NOSSO PAÍS.

JAMAIS SE INTERESSARAM PELA POLÍTICA,

JAMAIS TIVERAM QUALQUER ENVOLVIMENTO POLÍTICO,

NÃO TÊM A MÍNIMA IDÉIA DO QUE É FAZER UMA LEI,

NÃO SABEM NADA SOBRE POLÍTICA, E QUE ACHAM QUE UM CARGO ELETIVO É A ÚLTIMA TENTATIVA DE SAÍREM DO BURACO.

CHEGA DESSE TIPO DE GENTE NO GOVERNO!!!!!

VAMOS PARAR DE ELEGER AMIGOS, TIOS DE AMIGOS, PARENTES, ÍDOLOS DO FUTEBOL, VÔLEI, NATAÇÃO, FUNKEIROS, EX-MODELOS E ATRIZES PORNÔ FALIDAS, FORROZEIRO DOS TECLADOS, ETC....

VAMOS ESCOLHER MELHOR NOSSOS LEGISLADORES.
ELES FAZEM AS NOSSAS LEIS!

Se você pensa em votar no Romário por ele ter conquistado uma copa do mundo, ou por torcer para algum time que ele tenha jogado, parabéns. Ele agradece o voto de mais um 'PEIXE-PATO'.

DIGA NÃO À CANDIDATURA DE ROMÁRIO!!!!!!!!
VAMOS NOS RECUSAR A PAGAR AS DÍVIDAS DOS SEUS CARROS IMPORTADOS, BOITES E PENSÃO ALIMENTÍCIA!
NÃO SEJA MAIS UM OTÁRIO!

Por favor, repasse essa mensagem, na TENTATIVA de salvar nosso Congresso Nacional, e dar uma destinação melhor aos nossos tributos."


Willi Flat

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(depoimento de um colega do grupo "Eu odeio futebol!" do Orkut, ao qual eu assino embaixo cada palavra)

sábado, 17 de outubro de 2009

sábado, 26 de setembro de 2009

O INCRÍVEL HOMEM QUE ENCOLHEU

http://ozlopesjr.multiply.com/photos/album/112
Para comemorar a marca dos 47 quilos emagrecidos até agora, uma volta ao álbum de fotos AUTO ESTIMA com 8 montagens do tipo "ANTES & DEPOIS", pra deixar bem claro que essas dezenas de quilos de sobrepeso que eu carreguei por 13 anos evaporaram com a reprogramação mental total. E feita por conta própria. ;-)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

OS NORMAIS 2 - Abertura "Vive la Vida Loca"




"VIVE LA VIDA LOCA"
(Ricky Martin)
Por Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães


La reina de la noche
La diosa del vudu
Yo no podre salvarme
Podras salvarte tu?

La tela de la aranha,
La unha del dragon
Te lleva a los infiernos
Ella es tu adiccion.

Te besa y te desnuda con su baile demencial,
Tu cierras los ojitos y te dejas arrastrar,
Tu te dejas arrastrar...

Ella que sera
She's livin' la vida loca
Y te dolera,
Si de verdad te toca.
Ella es tu final,
Vive la vida loca
Ella te dira
Vive la vida loca
Vive la vida loca
She's livin la vida loca.

Se fue a New York City
A la torre de un hotel
Te ha robado la cartera
Se ha llevado hasta tu piel

Por eso no bebia, de tu copa de licor
Por eso te besaba, con narcotico sabor,
Es el beso de calor....

Ella que sera
She's livin' la vida loca
Y te dolera
Si de verdad te toca
Ella es tu final
Vive la vida loca
Ella te dira
Vive la vida loca
Vive la vida loca
She's livin la vida loca
VIVE LA VIDA LOCA

terça-feira, 25 de agosto de 2009

THE WOLFMAN - Trailer




Refilmagem do clássico da Universal de George Waggner e Curt Siodmak de 1941, agora com Benicio del Toro e Anthony Hopkins (nos papéis que foram de Lon Chaney Jr. e Claude Rains) e mais Emily Blunt e Hugo Weaving no elenco, com direção de Joe Johnston, música de Danny Elfman e maquiagem especial do mestre Rick Baker - o mesmo do premiado "Um Lobisomem Americano em Londres". Este filme promete!!!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

SANDMAN, DUDE, WALDORF & STATLER




Mais uma série de mini-dioramas com figuras da minha coleção. Desta vez em quatro ensaios. Agradecimentos especiais para meu amigo Guilherme Kato (guilkato.multiply.com), pela força, pela câmera e pelo empréstimo de vários itens do cenário! ;-)

Sandman, o Senhor dos Sonhos, vela o sono de uma donzela adormecida em seu quarto...

Sandman numa cadeira Luís XV lendo o "Manual para os Falecidos Recentes", escrito por sua irmã mais velha, a Morte...

Jeff Lebowski - ou melhor, "the Dude" - bebendo seu White Russian de sempre com o Mutante de Metaluna, sua mais recente alucinação lisérgica, após tantas drogas na cabeça...

E finalmente os velhinhos implicantes e rabugentos do Muppet Show, Waldorf & Statler, provando que - ao contrário do título do premiado filme dos irmãos Coen - sempre haverá espaço para velhinhos com atitude - ainda mais quando estão armados até os dentes!!!

sábado, 15 de agosto de 2009

SAMUEL L. JACKSON IN RIO




No Festival do Rio de 2003 tivemos o prazer de receber em terras cariocas o Bad Motherfucka mais querido do cinema norte-americano, Samuel L. Jackson. Samuca veio ao Brasil representando seu filme mais recente na época, "Violação de Conduta" ("Basic", 2003), de John McTiernan, sua primeira parceria profissional nas telas com John Travolta desde a já mitológica dupla Jules Winfield / Vincent Vega de "Pulp Fiction" (1994), de Quentin Tarantino.

Como Samuca já tinha se tornado um mestre jedi na nova trilogia Star Wars de George Lucas (em "A Ameaça Fantasma" e "O Ataque dos Clones"), os amigos do Conselho Jedi RJ batalharam para conseguir uma entrevista exclusiva com o "homi", que foi exibida na JediCon do mesmo ano.

Como jornalista e crítico do Festival do Rio já há vários anos, consegui os contatos e os acessos necessários para fazer a nossa entrevista - e de quebra bater um papo com o grande Mace Samuca Windu. Nos infiltramos - eu (ainda com mais de 40 quilos de sobrepeso na época), Priscila, Henrique e "mr. president" Brian - na entrevista coletiva oficial, realizada na tenda do Festival, nas areias da praia de Copacabana. Todas as dez fotos desse momento são de minha autoria.

Mais tarde, no anexo do hotel Copacabana Palace, o Bad Samuca Motherfucker nos recebeu exclusivamente para um rápido bate-papo, onde distribuiu autógrafos e sorrisos. Rosye - a primeira-dama do CJRJ -, de câmera em punho, gravou tudo. O mais curioso desse momento é que ele adorou o símbolo do Conselho Jedi RJ, as silhuetas de Darth Vader e de R2-D2 lado a lado imitando o perfil do Pão de Açúcar - cuja idéia e concepção é deste que vos escreve. Com seus efusivos elogios ao símbolo do CJRJ, é claro que ele levou um pra casa. Fechou o papo de forma muito simpática dizendo "a gente se encontra daqui a pouco na pré-estréia do filme, ok!"

Não éramos convidados da sessão, porém mesmo assim corremos de Copacabana para a Cinelândia onde consegui registrar sua entrada no tapete vermelho e sua apresentação do filme no palco do cine Odeon BR. Na saída ele ainda deixou marcado conosco a entrevista exclusiva, em vídeo, para a JediCon.

Na tarde do dia seguinte estávamos todos lá - eu, Priscila, Henrique, Flauber, Débora e Rafael - para a tão aguardada entrevista sobre como Jules, um assassino de aluguel, tinha se tornado o grande mestre jedi Mace Windu, e sobre como foi trabalhar com George Lucas, entre outras coisas. Também matamos a curiosidade dele sobre o fã-clube carioca de Star Wars e sobre a JediCon, o evento anual que reúne fãs da saga todos os anos, e para o qual Samuca deixou algumas mensagens exclusivas em vídeo.

Assim foi minha aventura para conhecer um mestre jedi sem precisar sair do meu planeta natal.

PULP MUPPETS - Trailer




As imagens falam por si próprias.

GRANDE TRAILER!!! :-)))

Ode To Joy, de Beethoven, por Beaker




Ode to Joy (Ode à Alegria, baseado num poema de Schiller), o tema mais famoso do quarto movimento da Nona Sinfonia de Beethoven, interpretado aqui pelo Beaker do Muppet Show.

Com os "preciosos" comentários de Waldorf e Statler, é claro!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A SERIOUS MAN - Trailer




"A Serious Man", o mais novo filme com roteiro e direção dos irmãos Coen, já está pronto e tem sua estréia prevista para o dia 9 de outubro nos EUA.

Seguindo a mesma linha de "Queime Depois de Ler", o longa de humor negro ambientado em 1967 mostrará a história de Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg), um professor que tem sua vida modificada quando sua esposa decide pedir o divórcio já que estúpido irmão dele (Richard Kind) se recusa a deixar o lar do casal.

Mais uma vez os irmãos Coen contam com a direção de fotografia de Roger Deakins e com a trilha sonora de Carter Burwell em "A Serious Man", porém aparentemente dessa vez nenhum de seus atores-assinatura (Steve Buscemi, John Turturro, John Goodman, Frances McDormand, Jon Polito) está presente no filme.

Aqui você vê o trailer.

HÁ 64 ANOS... O MUNDO MUDOU

Todo dia 6 de agosto é a mesma coisa. Acordo num susto, pensando que está acontecendo alguma coisa errada. Algo que eu não vivi, que eu nunca presenciei, que eu não estava lá. Mas dessa vez não é um resíduo de vidas passadas como o R.M.S. Titanic ou o LZ-129 Hindenburg. Foi apenas por eu ter mergulhado tão fundo na pesquisa de uma história que escrevi há uns 15 anos atrás (e que começa aqui:http://ozlopesjr.multiply.com/journal/item/76 ) e que me marcou profundamente: o bombardeio atômico da cidade de Hiroxima no dia 6 de agosto de 1945, há exatos 64 anos atrás.

Às 8:15hs daquela manhã de céu azul, no meio daquele belo vale verdejante no sul do Japão, toda a Humanidade se transformou. O termo "arma de destruição em massa" surgiu, se fez real e jamais se mostrou tão terrível - nem antes nem depois daqueles dias (Nagasaki incluída) - em toda a História do Homem. 140 mil pessoas morreram, cerca de metade simplesmente desapareceram no ar, pulverizados pela bomba como que feitos de espuma de sabão quando sopradas pelo vento. Simples assim. Monstruoso assim. E outras tantas sofrendo ao longo de anos, com sintomas dolorosos de câncer e outras doenças, vindo a falecer pelos efeitos colaterais da radiação.

O trauma nuclear ficou entranhado na memória coletiva. Hoje, após a Guerra Fria, após a queda do Muro de Berlim e de muitas mudanças de governo de ambos os lados, depois de várias negociações de paz, o arsenal nuclear mundial caiu de algumas centenas de milhares para algumas dezenas. Hoje os poderosos só podem destruir nosso planeta, partir ao meio a crosta terrestre e esfacelar a Terra no espaço "apenas" algumas dezenas de vezes. Grande evolução a nossa!

O que mais mudou? Em escala menor a violência se sofisticou, a corrupção ficou mais velada, a arrogância e a disfaçatez de quem detém o poder cresceu, a insensibilidade com a dor alheia virou epidemia. As ONGs se proliferam, os movimentos sociais crescem, as causas justas em defesa dos fracos e oprimidos ganham espaço na mídia, porém o coração das pessoas se torna cada vez mais empedernido, frio e duro. Os famintos, os doentes, os desempregados, os inválidos se misturam ao lixo produzido pelos ricos, poderosos e pela classe média que ainda sobrou das últimas crises, esta deslumbrada pelas benesses do sempre sofisticado mercado de consumo. No mundo contemporâneo telefones celulares com câmera e internet, tênis de grife, carros com câmbio automático e TVs de LCD parecem valer mais que vidas humanas para quem fala a língua do dinheiro.

E a bomba de Hiroxima? Está nos livros de História, nos documentários, esquecida na memória. O Homem sempre consegue se superar na crueldade contra o próprio Homem.

sábado, 4 de julho de 2009

A GAROTA DO ADEUS - Trailer




Trailer original de "A Garota do Adeus" ("The Goodbye Girl", 1977), de Herbert Ross, escrito por Neil Simon, com Richard Dreyfuss, Marsha Mason e Quinn Cummings.

O filme que deu o Oscar de Melhor Ator a Richard Dreyfuss.

Um dos filmes que mais amo na vida.

Mais detalhes sobre ele aqui.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

OS NORMAIS 2 - Trailer Oficial




Cada vez mais perto! Dia 28 de agosto nos cinemas.

O FILME MAIS ESPERADO DO ANO!!!! :-)))

OS NORMAIS 2 - MÉNAGE A TRÊS, um filme de José Alvarenga Jr., com Fernanda Torres, Luiz Fernando Guimarães, Cláudia Raia, Danielle Winitts, Aline Moraes, Drica Moraes, Daniel Dantas e Daniele Suzuki.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson's THRILLER




Em homenagem ao rei do pop, que acabou de se juntar a Elvis Presley, John Lennon, George Harrison, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Keith Moon, John Bonham, Brian Jones, Marvin Gaye, James Brown e Bob Marley, lembro aqui o videoclipe que revolucionou a linguagem dos videoclipes.

Produzido e lançado em 1982/83, com direção do cineasta John Landis ("Os Irmãos Cara-de-Pau", "Um Lobisomem Americano em Londres"), efeitos de maquiagem do oscarizado Rick Baker ("Um Lobisomem Americano em Londres", "Homens de Preto") e narração do monstro sagrado dos filmes de horror Vincent Price ("O Corvo", "O Abominável Dr. Phibes"), THRILLER é praticamente um minifilme de quase 14 minutos de duração.

Ele fez com que os videoclipes tivessem mais visibilidade e ganhassem mais respeito na mídia e abriu portas para muitos profissionais na área do audiovisual em todo o mundo. Sem falar que a música é o carro-chefe do álbum mais bem sucedido de Michael Jackson e do disco mais vendido do mundo em todos os tempos. Além do mais, é uma delícia de curta-metragem!

terça-feira, 23 de junho de 2009

OS NORMAIS 2 - Teaser trailer




Dois meses de ansiosa espera por Vaní. Dia 28 de agosto nos cinemas.

OS NORMAIS 2 - MÉNAGE A TRÊS, um filme de José Alvarenga Jr., com Fernanda Torres, Luiz Fernando Guimarães, Cláudia Raia, Danielle Winitts, Aline Moraes, Drica Moraes e Daniele Suzuki.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

CASA DOS JEDI - Cenas estendidas




As cenas estendidas do fanfilm CASA DOS JEDI (2002), de Henrique Granado e Oswaldo Lopes Jr.

Divirtam-se!

CASA DOS JEDI - Cenas excluídas




As cenas excluídas do fanfilm CASA DOS JEDI (2002), de Henrique Granado e Oswaldo Lopes Jr.

Divirtam-se!

CASA DOS JEDI - Erros de gravação




Os erros de gravação do fanfilm CASA DOS JEDI (2002), de Henrique Granado e Oswaldo Lopes Jr.

Divirtam-se!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

TPA (tensão pré-aniversário)

Contando a partir de hoje faltam exatamente 35 dias para eu chegar a marca de 44 anos vividos. Dizem que quanto mais próximo se está de um objetivo tão esperado, mais difícil é a jornada. Os últimos metros são os mais dolorosos. As últimas braçadas são as mais propensas a cãimbras, e morrer a poucos metros da praia não é de todo raro. Além disso existe a ansiedade de pensar se todos vão receber o convite, se todos vão aceitar, se vão poder ir, se eu escolhi a data e o lugar certos, se vai caber todo mundo ou - pior, muito pior - se vai ficar vazio, cheio de lugares vagos. Será que muita gente vai telefonar ou mandar e-mail na última hora lamentando não poder ir e mandando um abraço e ficar por isso mesmo? Será que alguém vai lembrar de levar algum presente "de criança" lembrando que dentro deste decrépito corpo de 44 anos quase completos habita um clone do Calvin de Bill Watterson e que é ávido por DVDs de filmes, figuras de ação de cinema, CDs de música e livros - além de abraços efusivos e sorrisos largos dos amigos aparecendo de surpresa? Será que eu vou enfartar ou ter um AVC na véspera? Será que vou ser abduzido na noite anterior (o que não seria de todo mal, se me levassem de volta ao meu planeta natal)? Será que tudo dará certo? Será que minha luz, meu gás e meu telefone serão cortados na semana do meu aniversário e a festa se dará no crematório do Caju? Será que eu passarei a festa de óculos novo ou com o quebrado no bolso? Será que eu ainda poderei ter alguma esperança de ganhar um beijo na boca da mulher que me fascina como presente de aniversário? Será que todos os meus amigos queridos de todas as épocas e de diferentes grupos estarão presentes? Será que farão alguma surpresa coletiva pra mim? Será que eu vou chorar de soluçar e encharcar o sushi? Será que eu vou ter a chance e o privilégio de tomar um porre de Jack Daniel's e fumar um Montecristo no. 4 depois do jantar, cantando "My Way" do Sinatra pelo meio da rua de madrugada antes de dormir? Ou será que será a última grande festa da minha existência? Ou pior: será que a minha última grande festa já aconteceu e agora não terei mais este mundano e extraordinário prazer com os amigos queridos?

O que será que será?...