Diários de Arkham (1)
QUE NOITE TERRÍVEL!!!
depoimento de Henry Jones Jr.
Eu, estudante de pós-graduação da Miskatonic University, me juntei a um professor baixinho de lá e a um médico sei-lá-o-que e passamos os últimos três dias investigando a morte suspeitíssima de Frank Charlton, um estudante da universidade, que aparentemente despencou de uma janela da biblioteca, que estava toda trancada. O corpo foi achado embaixo de uma janela, sem gota de sangue e com uma marca de agulha no braço. A noiva dele foi internada em estado de choque, balbuciando palavras estranhas e sem sentido, e seu colega de quarto, um jogador de football, foi preso como suspeito. Mas nós três sabíamos que o responsável era outra pessoa.
Pedimos ajuda ao chefe da biblioteca, o professor Armitage, investigamos nos livros, em jornais antigos, no necrotério, no hospital, em pubs, no refeitório e no dormitório da universidade, no centro de registros de Arkham e chegamos a um nome suspeitíssimo. Claude Owen - um estudante que fazia experiências de revitalização de animais mortos, baseado nos estudos nada acadêmicos do célebre e maldito Herbert West (mais conhecido como "O Reanimador") - tinha motivos de sobra para ter acabado com a vida de Charlton. A vítima vivia humilhando Owen publicamente, e este foi visto na cena do crime rindo secretamente do destino do colega morto. Invadi o quarto dele e achei provas de sobra para incriminá-lo, inclusive um pobre cachorro que não deveria estar vivo mas estava.
Pois bem, ontem, por volta das quatro horas da tarde, fomos parar na fazenda Chapman, nos arredores de Arkham, aparente reduto do insano Claude Owen. Quando de propriedade de Herbert West, a casa principal tinha sofrido um incêndio que abalou seriamente suas estruturas. À primeira vista, ninguém habitava aquele lugar. Mas depois de desabar no porão junto com meu colega médico, descobrimos quatro covas fechadas e uma aberta, além de uma pesada porta de onde vinha um facho de luz e o ruído de um gerador. Já que a escada veio abaixo com a nossa queda, e pressentindo um perigo terrível por trás daquela porta, tratamos de sair daquele buraco rapidamente. Usando meu chicote saltamos de volta para a superfície com facilidade.
Botamos fogo na casa, sobre o teto da tal sala iluminada, mas foi em vão. O cômodo parecia um bunker fortificado. Nós três ficamos de tocaia, até que algo muito assustador pulou do porão e se enroscou no pescoço do professor baixinho. Era algo inominável, que não fazia parte do mundo natural! Só sei que a visão me fez surtar, fiquei catatônico e acordei no hospital de Arkham no dia seguinte. Soube apenas que a polícia vasculhou a casa pela manhã, que nosso amigo médico desaparecera (supostamente morto) e que foram descobertos vários cadáveres carbonizados no porão. E o registro do legista afirmava categoricamente que eles estavam mortos há dias, mesmo parecendo que tinham caminhado na noite anterior!
Mas todos nós sabemos que essas coisas não existem, não é mesmo?
Ou será que existem?...
(diários de Arkham, 1924)
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FOTO: Chapman Farmhouse, nos arredores de Arkham, Massachussets.
luisnmiranda@yahoo.com.br
ResponderExcluirassim nao vale! tinham que descer no porao e enfrentar os orgaos-zumbi! (falta de acentos pq tou postando dazoropa. chique, nao?)
ResponderExcluirTava todo mundo se Kgando de medo!!! E eu não queria sacrificar o Indy numa aventura rápida assim, né?
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