Rating: | ★★★ |
Category: | Movies |
Genre: | Cult |
Direção: Bertrand Blier
Roteiro: Bertrand Blier
Produção: Alain Sarde / Antenne 2, Franco London Films, Parafrance, Sara Films
Fotografia: Jean Penzer
Montagem: Claudine Merlin
Música: Philippe Sarde, Johannes Brahms
Direção de Arte: Théo Meurisse
Elenco: Gérard Depardieu, Bernard Blier, Jean Carmet, Carole Bouquet, Geneviève Page, Jean Benguigui, Michel Serrault, Jean Rougerie
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Assim como Sean Connery, Richard Dreyfuss ou Jacqueline Bisset, Gérard Depardieu é um daqueles atores que me faz lembrar de muitos filmes. Lembrei imediatamente de um filme italiano rodado em Nova Iorque de 1977/78 chamado "Ciao Maschio", dirigido por Marco Ferreri (o mesmo de "A Comilança" e "Crônica de um Amor Louco") e pouco conhecido hoje em dia. Mas acabei escolhendo esta pequena pérola de um dos mais brilhantes cineastas franceses dos anos 70-90, Bertrand Blier.
Apesar de tê-lo visto no cinema em meados dos anos 80, confesso que pouco me lembro da trama de "Coquetel de Assassinos". Porém a sensação de assombro e impacto que o filme me causou ainda está fresca na minha memória. Segundo o imdb.com, história mesmo não existe aqui. Segundo o site o filme é "uma comédia de humor negro sobre a solidão e a desumanização do mundo moderno, através das aventuras de três homens... bizarro e irreal."
Pelo que minhas lembranças me dizem, as melhores palavras para descrever "Coquetel de Assassinos" são: surreal, anárquico, chocante, simples, contundente, bizarro e divertido. Apesar de adorar o cinema francês da Nouvelle Vague (Truffaut, Godard, Resnais, etc.), não sou fã dos filmes franceses dos anos 80 pra cá. A meu ver a maioria é chata e/ou pretensiosa. Bertrand Blier é um oásis de inteligência, bom-humor e cinismo nesse mar de narizes empinados e películas sonolentas. Seus filmes sempre nos trazem ironia, sarcasmo, situações inusitadas (e por vezes bizarras), muito humor negro e uma visão de mundo única e provocadora. Em "Coquetel de Assassinos" - que reúne todas essas qualidades - vemos um Depardieu em plena forma como um sujeito perturbado e desempregado que acaba de perder a esposa, Jean Carmet como um assassino, e o pai do diretor, Bernard Blier, como um inspetor de polícia. A belíssima Carole Bouquet faz uma participação no final. Como já disse, não lembro de detalhes do filme, mas lembro muito bem que é um filme surpreendente e divertido, especialmente para quem aprecia o humor negro. E também para quem gosta de filmes que dão um nó nos miolos.
Bom saber que há filmes que dão "nó nos miolos", tem uns de assassinato que dão é nó nas tripas! 8;-))
ResponderExcluirnao gosto de humor negro, ams é difícl classificar.
ResponderExcluireste filme nao assiti.
Mas chego até "Encurralado' ....o resto, terei medo, sempre.
Nem eu, há tanta coisa que não assisti, não li, não ouvi. Cadê tempo pra tudo?
ResponderExcluirE aí, meu amigo. Tudo bem?
ResponderExcluirEu gosto também de vários filmes franceses, principalmente do ótimo Depardieu!
Sempre ótimas informações cinéfilas aqui!
Abração!
Adoro Gerard Depardieu!
ResponderExcluirVocê assistiu "Manon", na verdade é uma seqüência, mas não lembro o nome do primeiro filme...
Poxa, Luci... eu AMO humor negro!!! Nunca rio quando alguém se esborracha no chão na minha frente, não gosto de levantar num ônibus pra ver acidente na rua, essas duas coisas quase todo mundo faz. Mas um bom filme de humor negro é uma delícia!!! :-)))
ResponderExcluirBeijos cinza-chumbo,
Oz
Pô, Sônia, pra ver todos os filmes, ouvir todas as músicas e ler todos os livros só sendo mesmo um computador! Hehehe! :-)
ResponderExcluirMas um dos meus objetivos com esse "jogo de cinema" de um filme "puxar" outro é justamente falar de filmes ,eio obscuros e desconhecidos porém excelentes e/ou curiosos de alguma forma. Eu, mesmo sendo apaixonado por cinema desde sempre nunca vi nem um terço das coisas clássicas e contemporâneas que deveria ver.
O legal desse espaço aqui é aguçar a curiosidade dos meus amigos e visitantes em querer descobrir esses filmes que assisti há tanto tempo e que fizeram a minha cabeça, apesar de nem todos serem famosos. Acho ótimo poder contribuir pra cutucar a paixão dos cinéfilos com filmes desconhecidos mas deliciosos, e fazer com que as pessoas comecem a correr atrás de filmes que não são badalados pela mídia! ;-)
Não quero falar de filmes novos, que estão em cartaz. Prefiro deixar isso pros jornais e revistas, e pros outros amigos críticos. Pra mim é bem mais prazeiroso lembrar e comentar filmes que marcaram a minha vida de alguma forma, e que quase ninguém lembra ou conhece hoje. É quase como montar um sebo virtual de filmes. Eu vou nessa direção. Sem esquecer também de alguns clássicos, é claro! ;-)
Grande beijo cinéfilo, querida escritora! :-))
Não conheço "Manon", Cila. Mas também adoro o Depardieu e principalmente os filmes que ele fez nos anos 70 e 80. Aliás, é o período dos filmes que mais posto aqui nessa coluna, neste "sebo virtual de cinema". ;-))
ResponderExcluirAcho que "Coquetel de Assassinos" nem foi lançado em vídeo nem em DVD no Brasil, mas não custa nada procurar pelas TVs a cabo ou por aí. É um filme que realmente vale a pena ser visto!
Beijão!
Eu digo que esse filme dá "nó nos miolos" porque lembro que saí do cinema meio aturdido, rindo e de olhos arregalados com tanto humor negro e surrealismo misturado. Bem que poderia ser um filme de Buñuel, mais moderno, Elisa. :-)
ResponderExcluirBeijos, menina!
Obrigado, grande Nei! Eu tento manter meu espírito e habilidade de crítico de cinema da velha Cinemin pro novo milênio. Não quero deixar isso morrer em mim. Gosto muito de escrever cinema, fazer roteiros e criar histórias, mas também sobre cinema. Mesmo que sejam apenas resenhas com informações, sinto que já contribuo um pouquinho pra passar o que sei adiante e aumentar a curiosidade dos amigos cibernéticos e reais em relação a pequenos grandes filmes que a mídia deixou na sombra, apesar da qualidade. ;-))
ResponderExcluirGrande abraço também!