sábado, 8 de janeiro de 2005

"ASSASSINATO NO ORIENT EXPRESS" ("Murder on the Orient Express", 1974), de Sidney Lumet

Rating:★★★★
Category:Movies
Genre: Mystery & Suspense


Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Paul Dehn, baseado no romance homônimo de Agatha Christie
Produção: Lord John Brabourne e Richard Goodwin / Paramount Pictures
Fotografia: Geoffrey Unsworth
Montagem: Anne V. Coates
Música: Richard Rodney Bennett
Direção de Arte: Jack Stephens, Tony Walton
Elenco: Albert Finney, Lauren Bacall, Ingrid Bergman, Sean Connery, Vanessa Redgrave, Martin Balsam, Richard Widmark, Jacqueline Bisset, Anthony Perkins, Jean-Pierre Cassel, Michael York, John Gielgud, Wendy Hiller, Rachel Roberts, George Coulouris, Colin Blakely, Dennis Quilley

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“Bianchi, Doctor, has it occurred to you that there are too many clues in this room?”
(Hercule Poirot)

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Sean Connery participou de excelentes filmes além de encarnar James Bond no cinema. E "Assassinato no Orient Express" é um deles. Sidney Lumet dirigiu esta adaptação impecável do romance de Agatha Christie, “a rainha do crime”, sobre um assassinato cometido a bordo do trem mais luxuoso do mundo em 1935.

O negociante aposentado Ratchett (Richard Widmark) recebe cartas anônimas ameaçadoras até que durante a viagem do Simplon Orient Express, enquanto o trem é detido pela neve, as ameaças se cumprem. Ele é descoberto em sua cabine com doze facadas no peito. Todas as pistas fazem crer que um mafioso se fez passar por funcionário do trem, invadiu a cabine, matou Ratchett e fugiu na neve. Porém o brilhante detetive belga Hercule Poirot (Albert Finney, próximo da perfeição aqui) está a bordo e “põe suas células cinzentas para funcionar”. Aturdido com o excesso de pistas, ele percebe que a solução não pode ser assim tão óbvia, que algo muito mais complexo se esconde por trás daquele crime, e com ajuda do Sr. Bianchi (Martin Balsam) – diretor da companhia e seu amigo pessoal – e de um médico grego (George Coulouris), Poirot interroga os passageiros e investiga seus passaportes e suas histórias. Os suspeitos são a tagarela Sra. Harriet Belinda Hubbard (Lauren Bacall), a missionária sueca Greta Ohlsson (Ingrid Bergman, ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante pelo papel), o conde e a condessa Andrenyi (Michael York e Jacqueline Bisset), Hector MacQueen, secretário do morto (Anthony Perkins), o Sr. Beddoes, mordomo do morto (sir John Gielgud), a princesa Dragomiroff (Wendy Hiller) e sua dama de companhia Hildegarde (Rachel Roberts), a Srta. Mary Debenham, tradutora e secretária (Vanessa Redgrave), o Coronel Arbuthnot (Sean Connery), o condutor do trem Pierre Paul Michel (Jean-Pierre Cassel), o vendedor de carros italiano Antonio Foscarelli (Denis Quilley) e o Sr. Hardman, detetive particular (Colin Blakely).

Certamente “Assassinato no Expresso do Oriente” tem uma das tramas e situações do tipo “quem é o culpado” mais originais e surpreendentes da História da literatura e do cinema.

A trilha sonora de Richard Rodney Bennet é um presente à parte, com um tema de abertura vigoroso e que remete à década de 30, um belíssimo e empolgante tema do trem, e um lúgubre e apavorante tema de assassinato. Penei muitos anos até encontrar essa trilha em vinil, nos anos 80. Mais tarde descobri que já foi lançada em CD, mas é extremamente difícil de achar. Bem mais fácil é desvendar o assassinato de Ratchett.

A lembrar que a performace de Albert Finney na pele do mais famoso detetive de Agatha Christie, o afetado e vaidoso belga Hercule Poirot, é um dos melhores exemplos de adequação de um ator a um personagem. Tony Randall e Peter Ustinov que já encarnaram o papel que me desculpem, mas não chegam nem à sombra do Poirot de Finney, que é absolutamente perfeito. David Suchet, o Poirot da série de TV inglesa "Agatha Christie's Poirot", apresentado pelo canal Multishow, é seu sucessor natural, pois tem talento e um phisique du role muito próximo, mas não a ponto de tirar o posto de melhor Poirot já feito do perfeccionista Albert Finney. Se Hercule Poirot realmente existisse no mundo real, creio eu que seria exatamente como em "Assassinato no Orient Express".

2 comentários:

  1. Lembrando uma das pérolas do cinema.
    Obrogada.
    Beijo, bom dia!

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  2. Luci, é que desde o Natal deu saudades da velha Agatha e eu "garrei" num monte de livros dela, e estou lendo vários casos do Poirot seguidos. Sem falar que desde ontem estou ouvindo a trilha deste "Assassinato no Orient Express" aqui. :-))

    Beijo e bom dia procê também! ;-)

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