Rating: | ★★★★ |
Category: | Movies |
Genre: | Mystery & Suspense |
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Paul Dehn, baseado no romance homônimo de Agatha Christie
Produção: Lord John Brabourne e Richard Goodwin / Paramount Pictures
Fotografia: Geoffrey Unsworth
Montagem: Anne V. Coates
Música: Richard Rodney Bennett
Direção de Arte: Jack Stephens, Tony Walton
Elenco: Albert Finney, Lauren Bacall, Ingrid Bergman, Sean Connery, Vanessa Redgrave, Martin Balsam, Richard Widmark, Jacqueline Bisset, Anthony Perkins, Jean-Pierre Cassel, Michael York, John Gielgud, Wendy Hiller, Rachel Roberts, George Coulouris, Colin Blakely, Dennis Quilley
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“Bianchi, Doctor, has it occurred to you that there are too many clues in this room?”
(Hercule Poirot)
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Sean Connery participou de excelentes filmes além de encarnar James Bond no cinema. E "Assassinato no Orient Express" é um deles. Sidney Lumet dirigiu esta adaptação impecável do romance de Agatha Christie, “a rainha do crime”, sobre um assassinato cometido a bordo do trem mais luxuoso do mundo em 1935.
O negociante aposentado Ratchett (Richard Widmark) recebe cartas anônimas ameaçadoras até que durante a viagem do Simplon Orient Express, enquanto o trem é detido pela neve, as ameaças se cumprem. Ele é descoberto em sua cabine com doze facadas no peito. Todas as pistas fazem crer que um mafioso se fez passar por funcionário do trem, invadiu a cabine, matou Ratchett e fugiu na neve. Porém o brilhante detetive belga Hercule Poirot (Albert Finney, próximo da perfeição aqui) está a bordo e “põe suas células cinzentas para funcionar”. Aturdido com o excesso de pistas, ele percebe que a solução não pode ser assim tão óbvia, que algo muito mais complexo se esconde por trás daquele crime, e com ajuda do Sr. Bianchi (Martin Balsam) – diretor da companhia e seu amigo pessoal – e de um médico grego (George Coulouris), Poirot interroga os passageiros e investiga seus passaportes e suas histórias. Os suspeitos são a tagarela Sra. Harriet Belinda Hubbard (Lauren Bacall), a missionária sueca Greta Ohlsson (Ingrid Bergman, ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante pelo papel), o conde e a condessa Andrenyi (Michael York e Jacqueline Bisset), Hector MacQueen, secretário do morto (Anthony Perkins), o Sr. Beddoes, mordomo do morto (sir John Gielgud), a princesa Dragomiroff (Wendy Hiller) e sua dama de companhia Hildegarde (Rachel Roberts), a Srta. Mary Debenham, tradutora e secretária (Vanessa Redgrave), o Coronel Arbuthnot (Sean Connery), o condutor do trem Pierre Paul Michel (Jean-Pierre Cassel), o vendedor de carros italiano Antonio Foscarelli (Denis Quilley) e o Sr. Hardman, detetive particular (Colin Blakely).
Certamente “Assassinato no Expresso do Oriente” tem uma das tramas e situações do tipo “quem é o culpado” mais originais e surpreendentes da História da literatura e do cinema.
A trilha sonora de Richard Rodney Bennet é um presente à parte, com um tema de abertura vigoroso e que remete à década de 30, um belíssimo e empolgante tema do trem, e um lúgubre e apavorante tema de assassinato. Penei muitos anos até encontrar essa trilha em vinil, nos anos 80. Mais tarde descobri que já foi lançada em CD, mas é extremamente difícil de achar. Bem mais fácil é desvendar o assassinato de Ratchett.
A lembrar que a performace de Albert Finney na pele do mais famoso detetive de Agatha Christie, o afetado e vaidoso belga Hercule Poirot, é um dos melhores exemplos de adequação de um ator a um personagem. Tony Randall e Peter Ustinov que já encarnaram o papel que me desculpem, mas não chegam nem à sombra do Poirot de Finney, que é absolutamente perfeito. David Suchet, o Poirot da série de TV inglesa "Agatha Christie's Poirot", apresentado pelo canal Multishow, é seu sucessor natural, pois tem talento e um phisique du role muito próximo, mas não a ponto de tirar o posto de melhor Poirot já feito do perfeccionista Albert Finney. Se Hercule Poirot realmente existisse no mundo real, creio eu que seria exatamente como em "Assassinato no Orient Express".
Lembrando uma das pérolas do cinema.
ResponderExcluirObrogada.
Beijo, bom dia!
Luci, é que desde o Natal deu saudades da velha Agatha e eu "garrei" num monte de livros dela, e estou lendo vários casos do Poirot seguidos. Sem falar que desde ontem estou ouvindo a trilha deste "Assassinato no Orient Express" aqui. :-))
ResponderExcluirBeijo e bom dia procê também! ;-)