Rating: | ★★★★ |
Category: | Movies |
Genre: | Classics |
Direção: Federico Fellini
Roteiro: Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli, Brunello Rondi
Produção: Giuseppe Amato, Angelo Rizolli / Riama Film, Pathé Films
Fotografia: Otello Martelli
Montagem: Leo Cattozzo
Música: Nino Rota
Direção de Arte: Piero Gherardi
Elenco: Marcello Mastroianni, Anouk Aimée, Anita Ekberg, Alain Cuny, Yvonne Furneaux, Lex Barker, Magali Nöel, Walter Santesso, Valeria Ciangottini, Annibale Ninchi
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"Você é a primeira mulher no primeiro dia da criação. Você é mãe, irmã, amante, amiga, anjo, demônio, terra, lar."
(Marcello Rubini para Sylvia)
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Marcello Mastroianni, um dos maiores atores do cinema europeu, nos leva obrigatoriamente a seu grande amigo e cúmplice cinematográfico, o gigante poeta Federico Fellini. "A Doce Vida", a primeira vez em que trabalharam juntos, é um dos melhores trabalhos de ambos: um passeio pela Roma rica e excêntrica do final dos anos 50, pelas mãos do jornalista Marcello Rubini (Mastroianni). Histórias esparsas, aparentemente sem conexão, mostrando figuras típicas da sociedade da época, onde se destacam a milionária Maddalena (Anouk Aimée), a atriz sueca Sylvia (Anita Ekberg), o intelectual Steiner (Alain Cuny), a amiga Fanny (Magali Noel).
O filme é cheio de imagens e cenas inesquecíveis: a grande estátua de Jesus Cristo sendo levada de helicóptero, pendurada numa corda, como se abençoasse Roma... Sylvia entrando na Fontana di Trevi atrás de um gato fujão... as duas crianças que juram ter falado com a Virgem Maria... a cena da orgia... Marcello na praia testemunhando a captura de um "monstro marinho"... "A Doce Vida" se mostra não tão doce assim para a sociedade italiana da época, com o amargor de tempos incertos, pós Segunda Guerra, pré-revolução cultural, e no meio da Guerra Fria, quando se acreditava na aniquilação nuclear.
Um filme que, mesmo grande, anunciava que Fellini estava em crescimento, tanto artístico como pessoal, e cada vez mais encontrava um jeito "felliniano" de fazer cinema. A música de Nino Rota embala tudo, como sempre. Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1960.
Coincidencia que eu assisti este final de semana o filme do Felini com a Giuilieta Mansini-"As noites de Cabiria".
ResponderExcluirMuito bom mesmo!
Meu amigo e vizinho OZ (Waldo!)
ResponderExcluirEu não me recordo se já assisti a este filme de Fellini, mas vale ressaltar que além de um puta gênio na direção o cara também era bamba no desenho. Ele fazia estudos dos personagens com suas devidas indumentárias para o filme. Alguns esquemas de story-board... Algum tempo antes de morrer ele fez uma parceria com o excelente desenhista de anatomia, principalmente a da sensualidade feminina, Milo Manara. Os dois produziram a fantástica Graphic Novel, "Viagem a Toulouse".
Mais uma peculiaridade deste filme (La Dolce Vita) é a presença do ator Lex Barker, que mais tarde ganharia um papel principal no cinema interpretando Tarzan, o Rei da Selva.
Vi esse filme a primeira vez com uns 16 anos, no cinema, acho que foi na sala da Candido Mendes Ipanema onde já tinha visto anos antes, levado por minhã mãe, Ensaio de Orquestra.
ResponderExcluirEsse filme me deixou mesmerizado, e acredido que foi um dos gatilhos para a minha boemia, a pouco vi a nova cópia em DVD, onde tive a seguinte coclusão...viva a noite.....
Grande Oswaldo se naquela época a sociedade tinha incertezas, o que se dirá de hoje ????
Grandes abraços, velho
Um perfeito Fellini debochado-crítico-doce-hilário! Marca registrada de um dos meus gênios preferidos!
ResponderExcluirTestemunho maravilhoso, verdadeiro e delicioso - nem todos conseguem mostrar a luz difusa de um signore Federico.
ResponderExcluirMuitos anos depois que fui entender, pois era muito mocinha na epoca - apenas deliciava pelas cenas vigorosas.
Que bom Oz, sempre seus asunto e seus comentários; adequados e ricos.
Obrigada,
Luci,
beijocas
Tal qual a Luci, vi esse filme muito garota, gostei muito, saí do cinema impactada com as cenas que só o Fellini sabia fazer - o que só fui descobrir depois... E apaixonada pelo Mastroianni, o que descobri na hora mesmo...Virei fã do Fellini no ato, nada supera Amarcord.
ResponderExcluirBeijos
é coisa vital, nada mental!
ResponderExcluirAMACORD............é único!
lembrando: depois das nevasca, acordando um dia de sol, com o Pavão abrindo seus leques coloridos.....
não se descrevendo não, apenas lembrando a cena de Amacord......
E a do tio louco, em cima de uma árvore durante um almoço-família, a gritar: "Una donna, voglio una donna !" ?
ResponderExcluirEssa cena do pavão é belíssima !
qualquer cena dele é um poema!
ResponderExcluirLuci e Gracinha... qual que vocês acham que vai ser o próximo filme desse cinema virtual que um filme puxa outro? ;-))
ResponderExcluirQualquer dúvida é só olhar na minha lista dos 20 melhores filmes de todos os tempos, aqui mesmo no Multiply, e ver qual o filme do Federico que eu escolhi pra figurar no top do top!... ;-)))))
Beijos, meninas!
Oz
Rapaz, que legal! "Noites de Cabíria" é um dos filmes mais emocionantes dele e - pelo menos na minha opinião - o melhor com madame Giulietta Massina Fellini, ao lado de "La Strada"!!! Lindíssimo! Bela escolha!
ResponderExcluirE eu não sei, Nei? Hehehe! O Fellini fazia histórias em quadrinhos num jornal antes de começar a trabalhar no cinema. As três grandes paixões dele eram o cinema, os quadrinhos e o circo. AH! E dona Giulietta Massina, é claro! ;-))
ResponderExcluir"Viagem a Toulum" é uma belíssima minissérie! Juntar Fellini e Manara tambem já é covardia, né? E ainda mais quando o protagonista e Monsieur Mastroianni em pessoa e tinta! :-)))
Abração, Nei!
Um dos meus também, Elisa! ;-)
ResponderExcluirBeijo, menina!
mas onde vamos começar? aqui?
ResponderExcluirRealmente, André... a noite é maravilhosa e Fellini é sensacional! Mas não vai usar o velho Federico como desculpa da tua vida boêmia!!! Hehehehehehe!!! :-)))
ResponderExcluirA gente se encontra no Lamas... :-P
Abração!
filmão!
ResponderExcluirTô com o DVD aqui em casa pra copiar