segunda-feira, 1 de novembro de 2004

1º FESTRIO - 1984




1º FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA, TV E VÍDEO DO RIO DE JANEIRO - De 18 a 27 de novembro de 1984.

Poster oficial de Fernando Pimenta (foto 1)

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Há quase 20 anos atrás acontecia o 1º FestRio. Criado e presidido pelo recém-falecido produtor Ney Sroulevich, sediado no hoje fechado Hotel Nacional, em São Conrado (foto 2), o FestRio foi o primeiro grande evento internacional de cinema a acontecer em terras cariocas, com exibição de filmes de todo o mundo em dezenas de salas pela cidade. Aliás numa época em que ainda havia cinemas de verdade pela cidade, cinemas de rua, e não cinemas de shopping. O público carioca lotou grandes salas para ver pela primeira vez na vida filmes que não teriam acesso comercial por aqui. Alguns deles foram lançados no 1º FestRio em avant-premiere mundial, como:

- Paris, Texas, de Wim Wenders (com a presença do diretor) (foto 3);
- 1984, de Michael Radford (com a presença do diretor) (foto 4);
- Prénom, Carmen, de Jean-Luc Godard, com Maruschka Detmers (fotos 5 e 6);
- Vivement Dimanche!, de François Truffaut, com Fanny Ardant e Jean-Louis Trintignant (foto 7);
- La Pirate, de Jacques Doillon, com Jane Birkin e Maruschka Detmers (foto 8);
- Cabra Marcado Para Morrer, de Eduardo Coutinho (com a presença do diretor, ganhador do Tucano de Ouro do festival) (foto 9);
- Koyaanisqatsi, de Godfrey Reggio, com trilha de Philip Glass (foto 10);
- Mixed Blood, de Paul Morrisey, com Marília Pera (foto 11);
- Tausend Augen, de Hans-Christoph Blumenberg, com Barbara Rudnik;

entre dezenas de outros. O Hotel Nacional, de frente para a praia de São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro, foi a sede do FestRio, da primeira à última edição do festival, em 1988. Criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o hotel é um prédio cujo design se destaca na paisagem carioca. Nos anos 80, seu centro de convenções tinha uma grande área para exposições, onde ficava o Mercado, com estandes dos produtores e distribuidores nacionais e estrangeiros, cheios de folhetos, press-releases e cartazes de propagandas de filmes do mundo inteiro, que os visitantes podiam pegar à vontade. Foi exatamente ali onde eu trabalhei, como controlador de acesso (ou leão-de-chácara, como a gente dizia, apesar de não ter porte físico nenhum pra isso. Na época eu era bem magro até!).

Embaixo do Mercado ficava o cinema/teatro, um dos maiores e mais confortáveis auditórios de toda a cidade do RJ, com uma acústica perfeita, que lotava nas sessões de imprensa pela manhã e nas sessões para o público à noite. As premiações também aconteciam no auditório do centro de convenções, em noites de muita pompa e circunstância. Infelizmente o Hotel Nacional está fechado desde 1994, há exatamente 10 anos, e permanece com um destino ignorado. Será que algum grupo empresarial com simpatia pelo cinema não se interessaria em arrematar esta obra de Niemeyer?

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A noite de abertura foi no cinema Veneza, na avenida Pasteur (que hoje está fechado e promete reabrir como centro cultural em breve), com a exibição de Paris, Texas lotando a imensa sala de gente louca pra assistir ao filme do cineasta alemão Wim Wenders que tinha acabado de ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cannes. O próprio Wenders apresentou seu filme no palco do Veneza. E no final da sessão, duas horas e meia depois, ele e o filme foram aplaudidos de pé por vários minutos. Paris, Texas é um dos filmes mais emocionantes que já assisti e um dos filmes da minha vida.

Em novembro de 1984 eu já era um devoto do cinema de Wim Wenders. Meses antes eu tinha descoberto seus filmes em mostras no Cineclube Macunaíma e na Cinemateca do MAM, e era particularmente fascinado por "O Amigo Americano" (1977), que vi pelo menos oito vezes no cinema e que foi meu filme favorito por um bom tempo. Também adorava dele "Alice nas Cidades" (1973) e "Ao Passar do Tempo" (1976), e mais tarde virei um grande fã de "Hammett" (1982), "O Estado das Coisas" (1982) e "Asas do Desejo" (1987), que hoje considero um dos melhores filmes da História do cinema. Wenders veio ao Rio como convidado de honra do 1º FestRio e era um dos visitantes mais difíceis de se encontrar nos halls do Hotel Nacional, pois sempre passava por lá muito rápido, correndo de uma entrevista para outra, de um passeio para um compromisso. E para mim, fã de seus filmes, era uma das figuras que eu mais queria fotografar.

Como funcionário do festival, eu cumpria fielmente meus horários. Como estudante e amante do cinema, eu sempre andava com minha câmera presa à cintura, num coldre improvisado, pronto para disparar ao menor sinal de um cineasta, uma atriz, uma criatura do mundo de celulóide.

E foi num desses momentos fugazes que tive meu “duelo ao sol” com Wim Wenders, na escada de entrada que dá acesso ao saguão do hotel. Nos cruzamos ali, percebi de quem se tratava e saquei minha câmera. Ele descia rápido para entrar num carro, percebeu meu movimento em falso, se virou e por um segundo o mundo parou. Nos encaramos impassíveis, como num velho faroeste de John Ford. Uma fração de segundo que ao passar do tempo durou uma eternidade. Meu dedo coçou no gatilho. Ele percebeu o estado das coisas, que não tinha escapatória, que o tiro era inevitável. Porém, fez o imprevisível. Sorriu gentilmente, deu um pequeno aceno e se virou para fugir na diligência. Sem piscar eu disparei e capturei Wim Wenders com minha câmera.

Assim que revelei o filme fiquei frustrado com a foto, pois a luz era precária e ele só aparecia em silhueta. Mas depois passei a valorizar a foto justamente por isso, por ter um dos meus cineastas favoritos num perfil silhuetado, feito por mim. E até hoje gosto muito desta foto (foto 12).

Vale citar que três anos depois Wim Wenders virou a figura favorita dos “mudernos” e pseudo-intelectuais de plantão. Os freqüentadores do Cineclube Estação Botafogo transformaram o alemão no ícone da última moda. Eu que já era fã de sua obra, já tinha visto seus filmes várias vezes nos cineclubes da vida, e que sempre fui avesso a modismos, torcia o nariz para essas bobagens. Porém, como tudo passa, hoje me surpreendo com o fato de que as novas gerações de cinéfilos simplesmente ignoram a importância do cinema de Wim Wenders, tão cultuado, tão pouco visto e tão idolatrado há uns 15 anos atrás. Ao passar do tempo o estado das coisas muda muito. Sem trocadilhos.

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Falando nisso, uma das principais características do FestRio era trazer dezenas de convidados nacionais e internacionais, entre cineastas, atores, atrizes, produtores, que desfilavam pelas ruas do Rio promovendo seus filmes ao mesmo tempo em que eram seduzidos pelas belezas da Cidade Maravilhosa. Wim Wenders, Valerie Kapriskie (foto 13), Michael Radford, Sônia Braga, Dennis Hopper, Barbara Rudnik (foto 14, de costas), Harry Dean Stanton, Norma Bengell (foto 15, com minha amiga Marisa), Elia Kazan, Fanny Ardant, Ugo Tognazzi (foto 16), Eduardo Coutinho (fotos 17 e 18, ganhando o Tucano de Ouro por “Cabra Marcado Para Morrer”) eram apenas alguns dos convidados do evento.

Dois dos atores mais concorridos do 1º FestRio foram os norte-americanos Harry Dean Stanton e Dennis Hopper (fotos 19 e 20). Enquanto o primeiro era sempre simpático, o segundo ostentou uma carranca de antipatia durante todo o evento. Isso até me rendeu uma boa foto dele, com o dedo médio levantado (foto 21). Já de Harry Dean Stanton consegui um autógrafo duplo especial. Além do próprio nome, ele fez questão de assinar como Travis Clay Henderson, seu personagem de Paris, Texas, primeiro filme que protagonizou em toda sua longa carreira. Não é todo mundo que tem o autógrafo de um PERSONAGEM de um dos filmes favoritos! (foto 22)

Para quem não se lembra muito bem deles, Harry Dean Stanton mostra a cara na telona nas quatro últimas décadas, sempre em papéis secundários, geralmente de policial, bandido, capanga e coisas do tipo. Ele é uma espécie de Wilson Grey de Hollywood. Esteve em "O Poderoso Chefão II" como um agente do FBI, em "Alien" como o mecânico Brett, em "Fuga de Nova Iorque" como o meliante Brain, em "A Última Tentação de Cristo" como o apóstolo Paulo, em "A Espera de um Milagre" como o ‘testador de cadeira elétrica’ Toot-Toot.

Dennis Hopper dirigiu "Easy Rider" (onde também dirigiu uma Harley-Davison) e "Colors - As Cores da Violência", entre outros. Como ator esteve em "Juventude Transviada" com James Dean, "Assim Caminha a Humanidade" com Elizabeth Taylor, "O Amigo Americano" de Wim Wenders, "Apocalipse Now" de Francis Ford Coppola, "Veludo Azul" de David Lynch.

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Meu namoro com a Soninha foi uma loucura!... (foto 23) Brincadeirinha! Hehehe! Mas quem poderia resistir a um dos maiores ícones da cultura pop brasileira? “Gabriela”, Júlia Matos em “Dancin Days”, “O Beijo da Mulher Aranha”... e tudo começou numa ponta em “O Bandido da Luz Vermelha”, de Rogério Sganzerla, e na professorinha Ana Maria de “Vila Sésamo”, quem diria!

Eu tinha 19 anos quando conheci Sônia Braga no 1º FestRio. O melhor ano da minha vida, o primeiro festival de cinema – internacional pra melhorar. 1984 foi o primeiro ano de muitas coisas boas na minha vida. Mas voltando à “Soninha”, além de super-charmosa e carismática, ela é uma simpatia. Foi logo me abraçando para a foto, se despediu com dois beijinhos e tudo isso sempre sorrindo.

Fico orgulhoso de ver uma atriz brasileira de talento como Sônia Braga alcançar o sucesso no exterior, e se destacar num mercado tão disputado como o do cinema e da televisão norte-americanos. Só lamento que ela nunca mais me escreveu, nunca mais mandou notícias, parece que para ela eu não passei de um caso de uma noite de verão... hehehe!

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Um dos meus livros favoritos na adolescência era o devastador 1984 de George Orwell, e fiquei muito entusiasmado quando soube que estavam fazendo uma adaptação cinematográfica dele para ser lançada no mesmo ano. O filme, dirigido pelo britânico Michael Radford, participou da mostra competitiva do 1º FestRio e eu tive a chance de vê-lo em primeiríssima mão na sessão de imprensa, por trabalhar no festival. Lembro que eu tinha acabado de descrever todo o meu entusiasmo pela obra de Orwell à minha amiga Marisa quando o filme começou. John Hurt, um dos meus atores favoritos, era o Winston Smith mais-que-perfeito, e Richard Burton, em seu último trabalho, deu uma dignidade assustadora ao monstruoso e gentil O`Brien. Duas horas depois, quando os créditos subiam ao som da melancólica e belíssima música de Dominic Muldowney, eu e Marisa chorávamos convulsivamente no auditório do centro de convenções, eu pela emoção de ver meu "cult-book" transformado na mais fiel e brilhante adaptação cinematográfica já vista até então, e ela por me ver chorando.

Fiz questão de parabenizar o diretor pelo filme e acabei levando um longo papo - praticamente uma entrevista exclusiva - com Michael Radford à beira da piscina do Hotel Nacional (foto 24). Mais conhecido pelo seu elogiado filme "O Carteiro e o Poeta" (1994), ele me falou dos bastidores das filmagens e do processo de adaptar um livro tão celebrado para o cinema. Nesse momento o estudante de cinema e o cineasta internacional se igualavam, trocando impressões sob a sombra do Grande Irmão de Orwell. Essa era uma das melhores coisas que os FestRio tinham, equalizar todos aqueles que amam o cinema e dedicam sua vida a ele, democraticamente.

Três anos depois Michael Radford voltou ao FestRio para apresentar "White Mischief", um drama romântico passado na África de 1940, e eu tive a chance de pedir-lhe para autografar esta foto.

(E pensar que a maioria esmagadora das pessoas envolvidas num certo reality show - dos dois lados da tela da TV - não fazem a mínima idéia de quem foi George Orwell e o que realmente significa o Grande Irmão... lamentável! Como diria o lema do IngSoc, IGNORÂNCIA É FORÇA. Plim-plim!)

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O cineasta turco-americano Elia Kazan também foi um dos célebres convidados do 1º FestRio. Grande cineasta! Excelente diretor de atores! Tremendo FDP! (foto 25)

Explico. Elia Kazan dirigiu alguns dos melhores filmes norte-americanos dos anos 50 e 60. "Pânico nas Ruas", "Uma Rua Chamada Pecado" (a tradução literal seria "Um Bonde Chamado Desejo"! Nunca entendi essa versão brasileira estapafúrdia!), "Viva Zapata!", "Sindicato de Ladrões", "Vidas Amargas", "Clamor do Sexo" (outro título nacional cretino)... fez parte do Actor`s Studio, foi um dos seguidores do método de Stanislavsky, que tinha como linha mestra desenvolver interpretações mais naturalistas dos atores... dirigiu gente de talento como James Dean, Marlon Brando, Nathalie Wood, Robert De Niro, Eva Mary Saint, Dennis Hopper... e dedurou uma porção de colegas profissionais de cinema e teatro na época da "caça às bruxas", da perseguição aos comunistas pelo Macarthismo nos EUA. Delator confesso, Kazan foi estigmatizado por isso, e quando ganhou um Oscar pelo conjunto da obra, muita gente que estava no evento cruzou os braços e fez questão de não aplaudi-lo. Dou razão a quem fez isso.

Elia Kazan é um ótimo exemplo de que não se deve misturar o lado pessoal com o profissional. Admiro-o muito como cineasta, mas acho sua postura pessoal abominável. Porém não se pode deixar de admirar sua obra.

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Domingo é dia de feijoada e o FestRio sempre montava sua tradicional feijoada à beira da piscina do Hotel Nacional, no segundo domingo do evento, quando os convivas se refestelaram numa nababesca comilança regada à capirinha e cerveja (foto 26). Porque artista gringo também é filho de deus e também precisa encher o bucho!

Na época eu só dispunha de uma câmera automática Olympus Trip 35 e não tinha como fazer uma grande angular de todo a área da piscina, portanto subi no terraço do hotel e fiz essa montagem tosca (foto 27). Mas nossas memórias também não são feitas de pedaços, de quebra-cabeças, de fragmentos de fatos, cacos de tristezas, retalhos de alegrias? Então esta imagem é bem coerente com as lembranças que carrego nessa valise de cronópio. ;-)

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Meus retalhos de memórias do 1º FestRio, que carrego até hoje na minha valise de cronópio (foto 28):

- Dois buttons do festival;

- Meu crachá de STAFF / controlador de acesso do Mercado de cinema (vulgo leão de chácara), com foto 3x4 do alistamento militar (vestindo um terno no estilo "o defunto era maior") (foto 29 também);

- Talão de tickets refeição exclusivo dos funcionários do festival (aceito apenas no restaurante do Hotel Nacional, onde a cozinha caprichava no bicarbonato de sódio e fazia todo mundo se sentir estufado depois do almoço);

- Logotipo da "Folha do Festival/Festival News", jornal que divulgava os filmes, cinemas, convidados e todas as atrações e acontecimentos do evento (e onde trabalhava minha futura musa pessoal na época e segunda namorada, Cristina);

- Embalagem do chocolate Mentinha, da Prawer, lançado durante o festival e distribuído gratuitamente na entrada do auditório do centro de convenções, onde a mostra competitiva acontecia (e que eu apanhava aos montes para dividir com a Cristina e com o Leonardo, meu amigo de infância que também trabalhava como "leão de chácara" do mercado de filmes).

Alguém uma vez já disse que recordar é viver duas vezes. E não é que tinha razão?

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Cristina, o que de melhor me aconteceu em 1984. (foto 30)

Cristina, que trabalhou comigo no 1º FestRio, eu no tal "controle de acesso" do mercado de filmes e ela como redatora da "Folha do Festival/ Festival News" (foto 31).

Cristina, que era mais velha que eu uns quatro anos e que eu achava simplesmente linda e deslumbrante, mas que eu jamais imaginaria que fosse dar bola pra mim.

Cristina, que fingindo ter dor de cabeça, roubou um beijo do paspalho aqui (homem é tudo tapado, não percebe nada) no meio de um chatérrimo filme chinês da mostra competitiva.

Cristina que foi namorar comigo no terraço fechado do Hotel Nacional, com uma vista maravilhosa! (foto 32)

Cristina, que foi minha segunda namorada e por quem fui alucinadamente apaixonado.

Cristina, que aos meus olhos era muito parecida com a Patrícia Pillar (que estava começando carreira na TV naquela época) e por causa disso me fez me apaixonar pela atriz também, por associação.

Cristina, com quem namorei por dois meses e por quem fiquei dois anos na mais profunda fossa. E por quem tomei meu primeiro porre na vida (uma garrafa de gim).

Cristina, que reencontrei 11 anos mais tarde, e que ainda me fez tremer na base (foto 33).

Cristina, que hoje é uma das mais doces memórias da minha vida, e que sempre me traz um sorriso saudoso no canto da boca quando lembro dela e daqueles dias de Woody Allen e Diane Keaton, de "houve uma vez um verão".

Nossa música: "Rhapsody in Blue" de George Gershwin, e toda a trilha sonora do filme "Manhattan" de Woody Allen, que ouço enquanto escrevo esse texto.

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E este foi o baú de memórias do 1º Festival Internacional de Cinema, TV e Vídeo do Rio de Janeiro, um mega-evento que trouxe cineastas, atrizes, atores, produtores e filmes de todos os cantos do mundo, e que abalou as estruturas culturais da nossa cidade entre 18 e 27 de novembro de 1984. E que acabou em uísque, como mostra bem a foto 34, do fim do filme.

E lá se vão quase 20 anos... pra mim parece que foi ontem!... :-)

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P.S.: TODAS as fotos postadas aqui, com exceção dos posters de filmes, do catálogo do festival e das fotos onde apareço são de minha autoria e não devem ser reproduzidas sem a minha expressa autorização. Obrigado.

13 comentários:

  1. esse filme foi muito doido.....me lembro que assisti em Copa, num cinama da galeria Alasca, vc lembra dele?eu esqueci...que horror:-)))

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  2. mas vem ca.....eu assisti em 86 , pq 84 nao estava aqui....84 so passei 2 meses aqui sera...xiiii eita cabeca ruim!!!!

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  3. outra grande figura esse cara!!!chorei muito nesse filme...bom lembrar pra ver de novo:-)

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  4. Caramba!!!!eh ele mesmo...superrrr OZZZZ
    muito boa a foto, e preto e branco entao.....
    maravilhosa rapaz!!

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  5. Koyaanisqatsi � muito doido mesmo. Tem gente que detesta. Eu adoro! Especialmente a trilha minimalista do Philip Glass! Tanto que tenho o filme em DVD. A trilha s� tenho em vinil, quero muito em CD. Eu vi no Festival, em 84. Voc� deve ter visto numa reprise, em 86, com certeza.

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  6. mas sabe que a silhueta ficou misteriosa? t� �tima!
    Eu lembro tamb�m de uns filmes de surf que passavam no Hotel Nacional, como era legal aquele lugar! E os Free Jazz ent�o? Oz, estaremos n�s, por acaso, a envelhecer?

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  7. Eu sou parte dessa gente que detesta. Naquela sessão no FestRio, no Star Ipanema, com a presença do diretor, eu devo ter sido a única pessa que ficou sentada quandoo povo levantou pra aplaudir de pé. Alguém na época definiu o filme como O Mais Longo Super 8 de Todos os Tempos. Não era pra ser um elogio, não. ;)

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  8. David, sempre que eu lembro de Koyaanisqatsi, lembro imediatamente de você naquela época, falando mal do filme... hehehe!

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  9. eu sou daqueles que adoooorou o filme, pena que só consegui ver depois Koyaanisqatsi... ficou faltando ver Naqoyatsi que não soube se passou por aqui, legal lembrar.

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  10. Velhos NADA, Elisa!!! O Resto do mundo é que está ficando PIRRALHO!!!! :-)P

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