segunda-feira, 22 de novembro de 2004

"PINK FLOYD - THE WALL" (Idem, 1982), de Alan Parker

Rating:★★★★
Category:Movies
Genre: Cult


Direção: Alan Parker
Roteiro: Roger Waters e Alan Parker, baseado no álbum "The Wall", do Pink Floyd
Produção: Alan Marshall, Garth Thomas / MGM
Fotografia: Peter Biziou
Montagem: Gerry Hambling
Música: Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason, Richard Wright e Michael Kamen
Direção de Arte: Chris Burke, Clinton Cavers, Brian Morris
Elenco: Bob Geldof, Christine Hargreaves, James Laurenson, Eleanor David, Bob Hoskins, Kevin McKeon, Alex McAvoy, Michael Ensign

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"Is there anybody out there?"
(Pink)

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Quatro anos depois de "O Expresso da Meia-Noite", Alan Parker dirigiu este delí­rio psicótico-musical ao som de Pink Floyd. Disse a crí­tica: “É terrível, hipnótico, alucinatório e repulsivo. Numa palavra, brilhante”. “Os sentimentos do filme estão anos-luz além da celebração pop da puberdade que os Beatles trouxeram e da explosão satânica da adolescência no início dos Rolling Stones. E vai além do niilismo punk da década de 70. Entra na dimensão que só pode ser descrita como zona morta. A reflexão do filme é fetal”. Escrito por Roger Waters, um dos fundadores do Pink Floyd, em 1965, e do qual foi letrista principal desde 1968, “Pink Floyd – The Wall” tem um pouco mais que uma dúzia de linhas de diálogo. A narrativa se desenvolve através das músicas do álbum “The Wall” (1979), combinando-as com um espetáculo de imagens fragmentadas, misturando fantasia melodramática, flash-backs em estilo documentário, trechos de programas de TV e de filmes antigos em preto e branco, visões surreais, seqüências de cartuns simbólicos (tão impressionantes quanto as imagens criadas por Alan Parker são os desenhos animados de Gerald Scarfe, cartunista inglês que já trabalhou na animação de concertos do Pink Floyd. Todas as fantasias que Waters e Parker não puderam capturar em música e ação fílmica, Scarfe trouxe para a vida sob a forma de desenhos metafóricos). O resultado é um amálgama extraordinário, de uma espécie raramente conseguida na tela, quase impossível de ser imitada, como acontece com os sons inconfundíveis produzidos pelo Pink Floyd. Com Bob Geldof como o astro Pink, Eleanor David como sua esposa, Christine Hargreaves como a mãe, Alex McAvoy como o professor e Bob Hoskins fazendo seu empresário.

Pink Floyd sempre foi minha banda de rock favorita e este foi um dos dois filmes que mais assisti na vida, no cinema: 29 vezes. Quase todas na mesma semana no cine Veneza, na praia de Botafogo, aqui no Rio. Num tempo bom em que se podia pagar um ingresso e assistir o filme quantas vezes se quisesse, sem ser enxotado pra fora como nesses cineminhas de shopping de hoje em dia. Fiquei rouco de tanto cantar da minha cadeira cativa na segunda fileira do Veneza, enquanto o resto do público se deprimia. Este foi outro pôster que freqüentou a parede do meu quarto por longos anos, sendo que escaneei o folheto autografado pelo próprio Alan Parker (no canto superior esquerdo). Assistir “Pink Floyd – The Wall” no cinema é uma das experiências que tive que me faz perguntar por que alguém precisa usar drogas para 'viajar', delirar, alucinar e ter experiências extraordinárias. Sinceramente, com um filme desses, PRA QUÊ?

Mais um poster brasileiro. Sempre que possí­vel postarei as versões nacionais dos cartazes de filmes estrangeiros comentados aqui, como já fiz em "Um Passe de Mágica" e "O Expresso da Meia-Noite". Este foi autografado pelo próprio Alan Parker quando esteve aqui no Rio para um festival de cinema.

3 comentários:

  1. O que mais me impressiona Oz, vi o filme a primeira vez com 13 anos e já o vi um porrilhão de vezes, a última no início do ano.
    Todas as vezes que eu vejo minha percepção sobre a história, detalhes muda, por isso acho esse filme genial !!!!!

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  2. Fantastico filme, e lendo vc eh tudo mais um pouco"-)))))
    to em falta aqui no multiply, tenho que aparecer mais....eh muita correria.....
    beijins e saudades de vc rapaz
    Monica

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  3. Esta velhota anacrônica, hoje com 66 anos, aos 40 anos cantava com fervor (embora desafinadamente): We don´t need no education, we don´t need no thought control. Hey, teachers, leave the kids alone.
    Cheguei a você através do comentário do Ricardo (grande sujeito) sobre Balada de Narayama. E antes que pense que sou cinéfila daquelas que sabe tudo sobre cinema, aviso que sei amar oou detestar um filme, comover-me, enfurecer-me, mas nada sei de planos, cortes, quem dirigiu o quê e quando... Um abraço.

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